ESSA FERROVIA ‘PEGARIA CARONA’ DE OUTRO TRONCO QUE ESTÁ PREVISTO INTERLIGANDO PARANÁ E MATO GROSSO DO SUL
Governador Jorginho Mello recebeu juntamente com Beto Martins secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias os representantes de uma das maiores construtoras do mundo, a China Railway Construction Corporation (CRCC), uma das maiores construtoras do mundo. Os investidores conheceram o estudo do projeto básico de 319 quilômetros da ferrovia que ligará Chapecó a Correia Pinto. A proposta conectará o Oeste catarinense com a malha nacional, permitindo também acesso aos portos no litoral.
DIZ O GOVERNADOR JORGINHO
“Temos convicção de que a economia catarinense vai transitar por essas ligações. Temos pressa nesses projetos e estamos abertos para ser parceiros tanto nas ferrovias como em outras áreas como saneamento e rodovias. Sabemos como isso é importante para o nosso crescimento e vamos trabalhar para que essas parcerias saiam do papel”.
O QUE PENSAM OS CHINESES
“Vamos estudar as informações que recebemos hoje e verificar a viabilidade técnica e de demanda dos projetos. Nossa empresa tem expertise na construção de ferrovias e grandes obras. Temos interesse nessa e em outras áreas como saneamento e infraestrutura”, avaliou o diretor Regional da América Latina da CRCC, Raul Liu. A CRCC tem operações em mais de 130 países. Atua na contração, planejamento, investimentos, desenvolvimento de projetos imobiliários, industriais, logística, proteção do meio ambiente, financiamento industrial e outros negócios.
19.09.23: A reunião onde o governo catarinense procura dar aos investidores chineses segurança em um negócio de extrema importância à mobilidade da economia em SC
ASSUNTO AVANÇA MUITO EM CHAPECÓ
Se em Lages a questão do transporte ferroviário não entrou na pauta, o movimento em Chapecó está bastante consolidado. E não se trata apenas de mirar uma estrada de ferro com destino a Correia Pinto e depois os portos catarinenses, assim como os mercados de Porto Alegre e o Sudeste (SP e RJ). O empresariado de Chapecó está de olho no fluxo para cidades e portos do Paraná, bem como cidades do Mato Grosso do Sul, através da Ferroeste. Nesse sentido, uma campanha liderada pela Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC) e outras entidades empresariais busca a integração ferroviária do oeste catarinenses com o centro-oeste brasileiro. O objetivo central – entre outros – é assegurar o transporte de grãos para abastecer a gigantesca agroindústria do oeste de Santa Catarina.
O FOCO DE CHAPECÓ
A ferrovia cuja construção é considerada essencial para a agroindústria catarinense é a Maracaju-Dourados-Guaíra-Cascavel-Chapecó, projetada pela Ferroeste, empresa estatal do Governo do Paraná. De Cascavel, a ferrovia desce até o Porto de Paranaguá, muito utilizado para as exportações paranaenses e catarinenses. A construção do trecho Cascavel-Chapecó foi objeto de estudo de viabilidade patrocinado pelas entidades empresariais Acic, Fiesc, Faesc, Ocesc, Sindicarne, Facisc e ABPA. O governo do Paraná, em articulação com o Governo Federal, licitará, a partir do início de 2024, essa obra ferroviária, esperando-se a participação de consórcios do Brasil e do exterior.
Inclusive, os mesmos chineses da CRCC que estiveram ontem com o governador Jorginho Mello, participaram semana passada de reunião na ACIC – a Associação Comercial e Industrial de Chapecó que tem o movimento pró-ferrovias entre suas bandeiras. A empresa chinesa tem interesse em investir e executar os ramais ferroviários em um pacote completo tanto de Chapecó para Correia Pinto quanto em direção ao Paraná e Mato Grosso do Sul.
PROJETO CASCAVEL A CHAPECÓ
A título de curiosidade, os dados dão ideia do que é uma obra ferroviária interligando Cascavel (PR) a Chapecó (SC). Segundo estudo apresentado, o trajeto terá 263 quilômetros de extensão, em pista simples, 18 túneis e 31 pontes e viadutos. A velocidade máxima dos trens será de 80 km/h. A construção exigirá investimentos da ordem de R$ 6,43 bilhões para ficar concluída em 2032 se todos os prazos para cada etapa da obra forem cumpridos e se a obra, efetivamente, iniciar em 2024.
EM 20 ANOS
A plenitude das operações com o uso de 100% da capacidade da ferrovia está prevista para 2044 quando, de acordo com as projeções, estarão em uso 395 vagões de grãos e 43 de contêineres nos 22 trens que estarão circulando. A capacidade de transporte estará, então, em 8,85 milhões de toneladas/ano.
Com informações e fotos da Secom/SC e ACIC/Chapecó
Enquanto isso Lages conta com a única ferrovia ligando a região Sul ao Sudeste mas que sinceramente me parece bastante subaproveitada, acho que para Lages somente o movimento de combustíveis e os trens que passam por aqui com destino a Canoas levando combustíveis, não se observam debates a fim de aproveitar melhor esse meio de transporte com portos e mesmo nossos aeroportos, não se observam sequer projetos peço desculpas se existe algo mas eu ao menos desconheço qualquer projeto nesse sentido hoje. Aliás, tenho uma certa inveja da força política do oeste, a bancada briga forte por infra-estrutura para o oeste, assim está sendo com a ampliação de voos para Chapecó e agora com o projeto da ferrovia, aliás a briga deveria ser para o entroncamento passar pela região de Lages e assim aproveitar e termos um porto seco ou algo do tipo não?