PRESIDENTE FREITINHAS TIROU DA PAUTA A LEITURA DOS PEDIDOS DO PSD QUE DERAM ENTRADA NA CÂMARA CONTRA JAIR JÚNIOR
Vereador Jair Júnior (Podemos) está procurando transformar o episódio dos pedidos de cassação de seu mandato em um fato para separar ainda mais o seu lado político do grupo que administra Lages. Tem se escandalizado – inclusive com certa razão – pelo fato do PSD tentar lhe cassar os direitos políticos e lhe retirar o mandato em manifestações em redes sociais, tendo adesão do eleitorado que sempre o apoiou.
INTERESSANTE QUE…
Embora se esperasse – e de certa forma a gente esperava – que houvesse uma mobilização da cidade em defesa de Jair Júnior, até porque, apesar de seus excessos, ele tem certa razão, isso não acontecesse. A postura combativa deveria lhe render mais apoio. Porém, há certa passividade (para não dizer indiferença) da maior parte da opinião pública sobre a cruzada do PSD tentando lhe tirar o mandato.
EXAGERO DO PSD
É inconteste, no entanto, que a postura do PSD, nos pedidos assinados pelo presidente João Alberto Duarte reveste de certo exagero. Não há uniformidade na visão jurídica sobre imunidade parlamentar. Mas ela tende a estender ao ocupante de função legislativa o direito de se manifestar além do parlamento (inclusive redes sociais), sem sofrer sanção por isso. Pode parecer demais uma carta branca a alguém falar e publicar o que bem entende, mas foi o voto que concedeu isso a Jair Júnior.
Printamos do perfil em rede social do vereador Jair Júnior a presença de apoiadores na galeria da Câmara de Vereadores o apoiando diante da anunciada leitura do pedido de cassação de seu mandato e também de direitos políticos.
POR SINAL E INCLUSIVE
Um processo do gênero tende a não dar em nada considerando o quorum qualificado necessário para tirar Jair Júnior de seu mandato. São necessários 11 votos para cassá-lo. Quantitativo que, pelo contexto, é muito difícil do grupo alinhado ao PSD conseguir. Talvez por isso, ao invés de se recolher e demonstrar preocupação, Jair Júnior exterioriza a chateação e a revolta por estar sendo castigado por exercer – às vezes com certo exagero – seu sagrado ofício legislativo.
EM TEMPO
A leitura deve acontecer nesta terça-feira, 03.