PREFEITO AFASTADO FOI O ÚLTIMO A SER INTERROGADO NA MARATONA DE OITIVAS REALIZADA EM LAGES
Daquilo que apuramos e tomamos conhecimento, não dá para apontar um fato novo que tenha sido agregado das audiências realizadas em Lages, para confirmar a narrativa do Ministério Público na peça acusatória contra o prefeito afastado Antonio Ceron. Das oitivas com delatores em fases anteriores (que a gente não pode divulgar) ao que foi relatado por esses mesmos por videoconferência durante as audiências em Lages (também não passível de divulgação), assim como o depoimento de testemunhas e outros envolvidos, nada agrega à acusação de culpa ou responsabilidade de Ceron.
DE DUAS, UMA
Ou se criou uma blindagem coletiva ao prefeito afastado ou de fato ele não tem envolvimento direto no esquema investigado pelo Gaeco. E nesse caso cabe à julgadora, desembargadora Cinthia Beatriz Schaefer e seus pares no TJ/SC, decidirem a respeito.
Daquilo que é acusado, materialmente o que se tornou público é esse print de planilha se referindo ao que dá para entender ao prefeito de Lages.
MAS…
Durante sua fala à desembargadora e aos representantes do Ministério Público, Ceron negou todas as acusações que lhes foram imputadas. Disse que “prefere apodrecer na cadeia, se tiver alguma culpa”. E em tom até de desafio, argumentou que o Ministério Público não encontrou nenhuma prova concreta (algo material como fotos, vídeos, depósito bancário e etc) contra ele. “Apenas narrativas (…). E 100% das acusações são falsas”.
ASSIM…
A defesa do prefeito afastado tem atacado os conteúdos acusatórios do MP/SC, numa narrativa que busca contrapor aquilo denunciado pela Promotoria de Justiça e que puxa Ceron para dentro do esquema perpetrado pela empresa e agentes públicos.
Prefeito afastado Antonio Ceron foi o último a depor na maratona de oitivas realizada durante dois dias no Tribunal do Júri no Fórum da Comarca de Lages