NA SITUAÇÃO MAL CONDUZIDA DE TENTAR TIRAR O MANDATO DE UM VEREADOR O LEGISLATIVO LAGEANO DESCE UM DEGRAU
Naquelas 16 cabeças pensantes que ocupam o legislativo lageano há um elenco de pessoas atentas, sintonizadas e exercendo aquilo que o voto lhes atribuiu. Mas temos exceções. E essas acabam colocando um poder constituído em uma vala comum passando a impressão de desordem. E isso é ruim porque desacredita o que é feito de bom. Tal situação ficou clara na condução dos procedimentos que pedem a cassação (sic!) do mandato do vereador Jair Júnior (Podemos).
ASSUNTO SANGRANDO
O presidente Freitinhas poderia receber os pedidos, jogar na gaveta e ao seu tempo, no interesse do legislativo, decidir o momento da análise. E não se submeter à pressão externa que lhe impõe a pauta de decisões. E isso resulta naquilo que está posto, na aparente bagunça. Discordamos quando apontam que ‘nunca tivemos uma Câmara tão fraca’. Mas há um esforço enorme para nos deixar sem argumentos na defesa do parlamento local que é importante e necessário. Especialmente esse assunto da cassação do mandato de Jair Júnior sangra, inclusive pela inoportunidade do PSD, partido que tenta a degola.
OCORRE QUE…
Em outros momentos do mandato de Jair Júnior ele já protagonizou situações que poderiam ter gerado um procedimento, uma advertência, algo do gênero. Mas o próprio PSD foi deixando. Agora que é o momento mais inoportuno para isso, por soar revanchismo, vingança, raiva, tentativa de desviar a atenção do caos político instalado não por culpa dele, tentam transformá-lo no boi de piranha.
E…
Para piorar, percebe-se que é tudo uma encenação porque já apontamos até os votos que Jair Júnior tem que o impedem de perder o mandato. Ademais, caso o assunto seja judicializado, a jurisprudência, ao analisar imunidade parlamentar, é favorável ao vereador. Ou seja, coloca-se a Câmara de Vereadores em um protagonismo de desgaste por algo que não vai a lugar algum, além de reverberar a máxima repetida na cidade de que ‘nunca tivemos uma Câmara tão fraca’. Embora a gente discorde porque a maioria faz um bom trabalho no parlamento local.
Jair Júnior acaba concentrando sobre ele o debate, o embate, a polêmica e a condução questionável dos trabalhos gera aparente desgaste ao próprio legislativo