HÁ COBRANÇA PARA DIVULGAÇÃO DE NOME DAS EMPRESAS QUE VENDEM CARNE DE ORIGEM SUSPEITA. MAS ISSO NÃO VAI ACONTECER
A parte ruim disso é que estabelecimentos que adquirem carne dentro do protocolo, com notas fiscais, origem comprovada e qualidade inconteste dos produtos, acabam sendo alvo de desconfiança do consumidor. Assim, os corretos acabam pagando pelos não tão certinhos quando o assunto é venda de carne no varejo em Lages.
QUATRO DE SEIS
A operação da sexta-feira, 14, visitou seis estabelecimentos. Em quatro deles havia algum tipo de irregularidade. “Essas irregularidades abrangem toda a atividade, desde documentação até o manuseio e acondicionamento da carne”, disse Pedro Poroski que há 30 anos atua na Vigilância Sanitária, durante conversa com Adilson Oliveira na Clube FM sobre a operação desencadeada em parceria com o CaoAgro (Centro de Combate a Crimes contra o Agronegócios da Polícia Civil de Santa Catarina) e Cidasc.
CONSEQUÊNCIA
Aqueles proprietários de estabelecimentos onde foram encontradas irregularidades respondem a um processo administrativo, onde têm o amplo direito à defesa. Foi o que disse na Clube FM a gerente da Vigilância Sanitária Karen Azeredo. “E há três instâncias de defesa”, confirma ela. Segundo a gerente da Vigilância, quem comercializa carne em desacordo pode sofrer três tipos de sanções, na fiscalização feita pela estrutura. “Multa, suspensão do alvará o cassação desse documento impedindo que o responsável mantenha as atividades”.
SOBRE DIVULGAÇÃO
Exatamente por causa desse trâmite fiscalizatório explicado por Karen Azeredo, não há hipótese de divulgar o nome dos estabelecimentos onde foram encontrados os 800 kg de carne impróprios para consumo. Eles podem comprovar no processo de defesa alguma inconsistência que levou o produto a apresentar a situação que causou a apreensão, sem que haja culpa. Daí que divulgar os nomes é condená-los antecipadamente, repercutindo na repulsa do consumidor ao estabelecimento por causa do produto impróprio sendo comercializado. Por isso então, há essa postura de não divulgação prévia.
O próprio Poroski aparece nesse registro fazendo a constatação in loco sobre o ambiente onde a carne era preparada para comercialização em um dos quatro estabelecimentos visitados que apresentaram irregularidades