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Celesc: Entre o discurso e a prática

PROTOCOLO DE RESTABELECIMENTO DE ENERGIA EM LOCALIDADES DO INTERIOR É FALHO. LAGES TEM VÁRIOS EXEMPLOS

Cidadão da localidade de Fazenda Baú (Mangueirão), interior de Lages, desabafava no programa A Hora da Corneta da Clube FM da quinta-feira, 22. Na segunda-feira, dia 19, às 8h caiu a energia elétrica na comunidade. Iniciava ali uma sequência de contatos pelo 0800 com a Celesc. Do outro lado a resposta era de que a equipe já estaria em deslocamento.

PORÉM E ENTRETANTO

Passou segunda-feira, terça-feira, quarta-feira e eram 18 horas da quinta-feira, ou seja, mais de 80 horas depois do colapso no fornecimento de energia e os moradores seguiam sem luz. “Há idosos aqui que dependem da energia elétrica. Mantimentos, carne, leite, tudo se estraga”, lamentou o morador tomando banho na água fria por mais de meia semana.

DISCURSO DA CELESC

Nesta semana integrantes da direção da Celesc participaram em Brasília do evento ‘Resiliência de redes frente a fenômenos Climáticos de Elevada Severidade’. Evento da Aneel (Agência reguladora) recebeu as experiências da Celesc sobre o trabalho dos efeitos climáticos (chuvas em excesso) de outubro e novembro do ano passado. “Para ganhar tempo, nós também trabalhamos à noite, o que facilita o nosso deslocamento. Além disso, fazemos a troca de equipes sempre em transição, o que nos permite nunca parar os trabalhos”, explicou o Diretor de Distribuição da Celesc, Cláudio Varella.

SIGNIFICA QUE…

Na teoria, a Celesc tem dado respostas rápidas, objetivas e satisfatórias. Na prática temos realidade como a citada acima que não é caso isolado, visto que as reclamações sobre a demora no restabelecimento de energia no meio rural tem sido constante. A empresa inclusive culpa a vegetação (reflorestamento) para os episódios de queda de fornecimento.

Varella (esquerda) e o presidente da Celesc Tarcísio Estefano Rosa (centro) com pregações em Brasília que não condizem com a realidade enfrentada no interior de Santa Catarina, especialmente em áreas rurais, como tem se verificado na Serra Catarinense

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