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Emprego em Lages: Bom e ruim em 2023

O SEXTO MÊS DO ANO FECHOU NEGATIVO. O SEMESTRE TEM BONS DADOS. MAS O SOMATÓRIO DOS ÚLTIMOS 12 MESES É SOFRÍVEL

Quase que diariamente o secretário Álvaro Mondadori, cuja área é responsável (ou deveria ser) pelo fomento à geração de empregos, vai às redes sociais. Aparece com um dono de empresa aqui e ali, registrando visitas aos empreendedores.

E…

Sabem o que essa ação tem agregado na abertura de vagas ao mercado de trabalho? Se considerar os dados oficiais, a resposta é nada. Os meses de fevereiro e março, embora não tenham recuperado as vagas fechadas em dezembro (928 baixas em CTPS), impediram que o primeiro semestre fechasse no vermelho.

JUNHO DEMITIU MAIS QUE EMPREGOU

Naquela matemática simples entre contratações e desligamentos de trabalhadores nos diversos setores da economia, o mês de junho fechou com 228 vagas fechadas. Isso mesmo. Essa foi a diferença entre empregos gerados e demissões ocorridas no sexto mês de 2023. A indústria que sempre salva, em termos de geração de empregos, dessa feita fechou 137 vagas a mais que as contratações. Agropecuária, comércio e construção civil, todos demitiram mais que contrataram. Apenas o setor de serviços contratou 32 pessoas a mais que as demissões ocorridas durante o mês de junho.

500 VAGAS A MAIS NO SEMESTRE

Até para não transparecer uma visão pessimista de ver o copo meio vazio, o somatório somente do primeiro semestre, sem considerar as perdas de vagas em dezembro (928 fechadas), foi positivo. Aquele número razoável de março, com 452 vagas geradas a mais que as demissões, garantiram os bons números dos 6 primeiros meses do ano. Se considerar janeiro a junho, entre contratações e demissões, temos 580 vagas geradas a mais que as demissões. Os dados são:

Janeiro: + 74 empregos

Fevereiro: + 262 empregos

Março: + 452 empregos

Abril: – 32 empregos

Maio: + 52 empregos

Junho: – 228 empregos

O ANO NO VERMELHO

Considerando os dados dos últimos 12 meses (julho de 2022 a junho de 2023) os números não são bons. No período de um ano, Lages gerou 1.153 vagas de trabalho nos diversos setores da economia. Mas no mesmo período fechou 1.324 vagas de trabalho. Significa que no período de um ano, temos 171 pessoas demitidas a mais que as vagas geradas.

Infelizmente a cidade de Lages patina em um dos principais termômetros da economia: a geração de empregos. Nos últimos 12 meses, os diversos setores econômicos da cidade demitiram mais que contrataram.

Fonte: CAGED/Ministério da Economia

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