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Exploração em mais um morro de Lages

NÃO HÁ ILEGALIDADE NA PRÁTICA. MAS A EXPLORAÇÃO EVIDENCIA O TRATAMENTO DESIGUAL ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS

No passado, quando o proprietário de terras fazia a roçada dos campos, uma pessoa seguia na frente colocando uma estaca para que os pinheirinhos araucárias fossem demarcados e protegidos, evitando o corte. No presente, mesmo sem roçada, tais pinheirinhos que nascem, são exterminados à base de foice e facão. A presença deles é sinônimo de estorvo na propriedade. Onde crescem, os galhos caem, inviabilizam pastagens e quando adultos, não dá nem para chegar perto devido à proteção legal.

ALIÁS E INCLUSIVE

A norma burra além de indiretamente ‘incentivar’ a prática do ‘esse bichinho se mata enquanto é pequeno’, aquelas unidades velhas, que caem com a força do vento ou do próprio ciclo de vida, têm a burocracia para o aproveitamento tão complexa que, na maioria das vezes, apodrecem ao relento.

ENTENDA-SE QUE…

Não há por parte dos órgãos fiscalizadores (especialmente a Polícia Ambiental que faz excelente trabalho), qualquer culpa por tal realidade. Os integrantes dos pelotões ambientais estão no trecho para fiscalizar e fazer cumprir a letra da lei que engessa a situação, impede o repovoamento de pinheirais, numa realidade que tornará a araucária cada vez mais rara.

E ENQUANTO ISSO…

Se a mata nativa, destacando-se a araucária, é intocável, saltam aos olhos a ausência de legislação que proteja ou impeça a exploração de morros. Temos um exemplo claro do Morro Grande de Lages que está parcialmente cavoucado para a retirada de pedra brita e, mais recentemente, outro exemplo evidencia o ‘ataque’ aos morros de Lages.

Esse registro é de um sobrevoo que fizemos em 2013, quando o Morro Grande começava a ser explorado de forma mais intensa…

Dois anos depois houve um avanço e agora há uma intervenção bem mais significativa. Observando-se que, não há, do ponto de vista legal, qualquer irregularidade nessa exploração, porque a norma permite, mesmo sendo em área urbana e causando a intervenção que causa admiração

OUTRO MORRO É ALVO DE

EXPLORAÇÃO EM LAGES

Da mesma forma, sem entrar no mérito da legalidade, porque uma empresa não exploraria uma área se não o fizesse dentro da norma – e aqui apenas se expõe a diferença de tratamento da legislação ambiental – mas o chamado Morro do Tributo também está sendo alvo da retirada de material. Dali sai cascalho e também, segundo informação colhida, cargas de fonolito que descem a Serra Catarinense como matéria prima para a produção de cerâmica no Sul do Estado.

Caminhão deixando o Morro do Tributo pela SC-114 com material retirado para produção de cerâmica ou cascalho para obras

Um olhar ao longe, a partir da SC-114 em direção a Cadeados, mostra o quanto já se avançou na escavação do Morro do Tributo

Uma aproximação maior da imagem evidencia a intervenção no Morro do Tributo que, historicamente, foi local de passagem e pregação do Monge João Maria, além de outras histórias que norteiam a cultura lageana em relação ao referido morro

EM TEMPO – Antes que alguém dispare contestação pelas observações aqui expostas, registre-se que não se trata de apontar legalidade nas explorações dos morros citados. Como observado, as empresas não iriam investir e retirar material se não estivessem devidamente dentro das normas. É apenas um contraste sobre a questão da legislação ambiental que é rigorosa de um lado e do outro…

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1 thought on “Exploração em mais um morro de Lages”

  1. Primeiramente o minério retirado do morro do tributo é chamado de nefelina Fundex, é extraído a mais de 25 anos, totalmente dentro da legalidade, aí temos uma região Rica em mineiro, temos que usar em prol da região, pagando impostos e gerando empregos

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