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Festa do Pinhão: ‘Deixa que eu toco’

SECRETÁRIO TERIA PEDIDO AO PREFEITO CERON PARA ORGANIZAR A EDIÇÃO DESTE ANO. É DESASTRE FINANCEIRO NA CERTA

Consta que um dos atuais secretários municipais teria interpelado o prefeito Ceron lá nos idos de outubro ou novembro, sugerindo que a prefeitura voltasse a tocar a Festa do Pinhão. E que ele, o secretário interpelante, cuidasse da organização. Não há prova em áudio ou vídeo da conversa, mas Ceron teria reagido com um tá loco home! Reação seria para afastar o entusiasmo, visto que o melhor caminho do maior evento de Lages é nas mãos da iniciativa privada.

SOBRE O ASSUNTO

Os números oficiais e absolutos indicam que seria uma loucura a Prefeitura de Lages puxar para si a realização do evento. Não que não haja gente competente para tanto. O problema é o custo. Quando é o poder público que contrata, tudo fica mais caro. Um show que uma terceirizada compra pacote com 10 apresentações custa R$ 200 mil cada. Mas se a prefeitura for contratar, é coisa para mais que o dobro. É desastre financeiro na certa qualquer incursão da Prefeitura de Lages para bancar o evento.

Esses dados dão ideia de quanto custou a Festa do Pinhão, por exemplo, na gestão do então prefeito Renatinho: R$ 16 milhões nos quatro anos (2009 a 2012). Valor que a prefeitura precisou ‘comparecer’ naquela diferença entre o arrecadado e a despesa.

O QUE PODERIA SER FEITO?

Diante do fracasso do pregão que tentou entregar a edição deste ano a uma empresa, sendo que os R$ 400 mil solicitados é uma das razões, a prefeitura, que ainda não lançou o novo edital, deveria suprimir essa exigência. Substitui pela obrigação da empresa custear as despesas do Recanto do Pinhão. Assim, o município gasta ainda menos, e torna mais atrativo o interesse de empresas em tocar a Festa do Pinhão.

ENTENDAMOS QUE…

A Festa do Pinhão é importante e necessária para a cidade. Movimenta a economia, repercute na estima das pessoas, mas não pode custar os olhos da cara. Os cofres municipais não têm fôlego para bancar uma edição, por mais modesto que seja o modelo pretendido.

O interino Juliano Polese está em um fundo de guampa: insiste em um edital que custa muito às empresas interessadas e corre o risco de não ter vencedora da licitação ou revê o custo do edital e acena para alguma parceria privada. A menos que a ideia seja aposta na loucura do próprio município realizar o evento. Daí…

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