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Festa do Pinhão: Suspeita na licitação?

EMPRESA LAGEANA FEZ PROPOSTA E UMA DAS GRANDES NÃO COMPARECEU PORQUE SUSPEITA QUE EDITAL ERA DIRECIONADO

Neste exato momento o maior evento de Lages está sem empresa definida para sua realização. No pregão presencial desta sexta-feira, 27, uma única empresa, a TBS Produtora (shows, eventos, casamentos e formaturas) apresentou proposta nos padrões financeiros constante do edital. Ofertou R$ 401.000,00 ao município para realizar o evento lageano.

E MAIS

A TBS Produtora também apresentou documentação, com apenas uma pendência: comprovante de experiência para grandes eventos. Esse é um dos itens do edital até para que uma empresa sem know how não assuma o evento sem capacidade para a sua organização e realização. Há um prazo até o primeiro dia de fevereiro para que a empresa apresente a documentação, atenda o requisito e seja homologada para executar a Festa do Pinhão.

RECURSO

A TBS Produtora apresentará o recurso. Ela já teria realizado a festa de aniversário do município de Palmeira e a uma das edições da Festa da Madeira de Otacílio Costa, além de promover shows. Ela precisa comprovar que essas realizações reuniu mais de 15 mil pessoas em um único dia. A referida empresa pode até judicializar a questão, para romper esse limitador do edital, caso seja impedida de ser a realizadora da Festa do Pinhão.

POR OUTRO LADO

A surpresa foi a ausência das grandes empresas promotoras de eventos do gênero, como a Opus Entretenimento que realizou a edição de 2022. Ou a Gaby Produtora, que tem o maior know how do evento lageano, pelos anos consecutivos que o realizou. Gilberto Ronconi, Superintendente da Fundação Cultural de Lages, falando à Rádio Clube FM – e em contato que fizemos -, observou que suspeitas sobre a festa e licitação, lançadas por setores da imprensa, causa receio nas grandes empresas. Daí elas se recolhem. Giba crê que isso foi determinante para a ausência das gigantes no certame.

MAS NÃO SE TRATA DISSO

As grandes empresas não estão interessadas na Festa do Pinhão por causa da prefeitura. “É muita mordeção. Quem está fora não faz ideia do que um organizador enfrenta com esse pessoal da prefeitura. Todo mundo quer mandar em um evento que não é deles. É insustentável”. Observação de um participante da organização de edições passadas.

OUTRA SUSPEITA

“Nunca seremos coadjuvantes em um jogo de cartas amadoramente marcadas”. A frase de um empresário com experiência em Festa do Pinhão lança suspeita no certame aberto hoje. A insegurança foi no certame, não naquilo publicado pela imprensa no período que antecedeu a licitação.

PRECISAVA LICITAÇÃO?

A Prefeitura de Lages não precisava ter feito essa nova licitação. A Opus venceu ano passado e poderia renovar por outras quatro edições a presença como realizadora do evento. A lei prevê isso. Misteriosamente se resolveu fazer novo certame.

A TBS Produtora é uma empresa lageana que, através de recurso administrativo, em superando aquilo exigido no edital, poderá ser a responsável pela Festa do Pinhão

MAIS DE R$ 10 MILHÕES DE CUSTO

Se pegar o modelo das últimas Festas do Pinhão realizadas de forma terceirizada, considerando cachês de artistas, estrutura no parque, divulgação, tributos, custo da licitação e outras despesas, o evento passa longe dos R$ 10 milhões. É uma festa que dá retorno, mas precisa apostar. E de tudo posto, única coisa certa é que a Prefeitura de Lages não pode ser a realizadora. Do contrário, esses R$ 10 milhões passarão para R$ 15 milhões de custo a ser bancado pelos cofres municipais. Algo impossível nos tempos de agora!

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