DADOS DA EPAGRI/CIRAM CONFIRMAM AQUILO QUE A GENTE PERCEBE: FALTOU FRIO NO INVERNO CATARINENSE PARA A PRODUÇÃO DE MAÇÃ
Dados meteorológicos monitorados pela Epagri/Ciram evidenciam que o frio ficou abaixo da médica histórica nas regiões produtoras de maçã em Santa Catarina. Para a produção de maçã, nas variedades consideradas mais exigentes são 800 horas de temperaturas abaixo de 7,2 graus centígrados necessárias para quebra de dormência natural. As variedades menos exigentes dependem em média de 600 horas de frio na temperatura citada.
POUCO MAIS DA METADE ATÉ AGORA
Pelos dados Epagri/Ciram nas medições desde o primeiro dia de abril até a sexta-feira, 04 de agosto, fomos pouco além da metade daquelas 800 horas com menos de 7,2 graus neste ano. Os dados apontam cerca de 450 horas nesse patamar de frio com tendência de não irmos muito além disso.
Observe que nos municípios produtores, nenhum deles se aproximou da média histórica de frio, pelos dados da Epagri/Ciram. São Joaquim, por exemplo, está com cerca de 100 horas a menos.
O QUE ISSO SIGNIFICA?
Não dá para afirmar que haverá redução de safra ou qualidade inferior em relação a anos anteriores. O que é certo que ocorre é um maior gasto do fruticultor na aplicação de defensivos agrícolas para proteger o pomar, protegendo as plantas contra pragas, com a antecipação da brotação e florada. Também há um risco significativo com geadas tardias, visto que a produção se forma mais cedo e um frio lá por outubro ou novembro, esse sim, pode repercutir tanto na qualidade quanto na quantidade da produção.