Havia recebido a ponderação a respeito da informação de um economista amigo da jornalista Olivete Salmória sobre os índices de ICMS e IPM de Lages. Tais letrinhas repercutem na arrecadação paroquiana. Como a área técnica da prefeitura desdisse o dito pelo economista que, pelo jeito economizou até no aprendizado – e a jornalista publicou o conteúdo – a gente reverbera aqui.
OCORRE QUE…
Há uma prática ‘da moda atual’ de jogar pedras no Gringo. Qualquer índice dissonante na paróquia, a culpa é do prefeito. Lembra até a música do Chico Buarque sobre a puta Geni, aquela que salvou a cidade do malvado do Zepelim e, depois do feito, continuou sendo alvo das pedradas. Mas só lembra porque a gente não está comparando até porque o corpo de Geni era dos errantes, dos cegos, dos retirantes e de quem já não tem mais nada. Inclusive dava até atrás do tanque indo ainda amiúde com os velhinhos sem saúde.
SOBRE O MOVIMENTO ECONÔMICO DE LAGES
O ‘ESTUDO’ DO ECONOMISTA APONTA QUE…

“Comparativamente, o quadro acima demonstra como as últimas administrações ‘receberam e entregaram’ o IPM no ICMS. E nesse quesito, a pior entrega também ocorreu na atual administração, com uma queda de 10,78% (recebeu IPM de 1,94 em 2017 e entregou 1,73 em 2021)”.
ACONTECE QUE…
O economista esqueceu da bíblia sobre esse assunto que é a Lei Kandir (63/90). Lá no artigo 4.º e § 4.º indica que: “O índice referido no parágrafo anterior – que é o do IPM – corresponderá à média dos índices apurados nos dois anos civis imediatamente anteriores ao da apuração”.
SIGNIFICA QUE…
Ceron não ‘entregou’ o IPM de seu primeiro mandato lá embaixo porque os índices são calculados considerando a média apurada dos dois anos civis imediatamente anterior. Significa que os índices do primeiro mandato do Gringo consideram dados de 2017 e 2018. Naturalmente que os dados de 2019 e 2020 podem ser ruins. Mas para efeito da Lei Kandir, esses dois últimos anos ainda não repercutem no impacto do IPM. E assim, este ainda não é o time para jogar pedras no Gringo. Carece de entrar na fila…
AINDA DO QUE RECEBEMOS,
EIS A SEGUINTE PONDERAÇÃO
“O IPM é calculado por associações de municípios (tipo a Amures), muitas vezes com brigas judiciais. Mas o valor não depende exclusivamente da administração pública. Assim, não é correto afirmar que uma administração entrega índices maiores ou menores (…). Até porque, ICMS trata de movimentação de mercadorias e não de produção”.
OU SEJA
Há vilões e mocinhos, gestores e jeitores nesse assunto. Mas é equivocado colocar na conta do Gringo o desgaste pelas variantes da economia. Pelo menos por enquanto. Até porque, o gestor público, parafraseando a letra da Geni do Chico, precisa praticar gestos de cativar forasteiros. Isto porque, quando o assunto é crescimento econômico, diante de todo empreendedor disposto a apostar em Lages devemos beijar a sua mão e se preciso com:
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Fotomontagem que esta na web da UCP que ilustramos o post
Tem que jogar pedra na “GENI” dos projetos emperrados na SEPLAN, poderia alavancar a economia de Lages. Gov. Móises vai mexer no IMA/SC; ótima idéia, Ceron deveria fazer o mesmo;
https://www.nsctotal.com.br/colunistas/estela-benetti/sc-tem-quase-r-70-bilhoes-em-projetos-para-licenciar