AQUELE DISCURSO DE 300 VIAS PAVIMENTADAS EM LAGES É REAL OU SÃO NÚMEROS JOGADOS AO VENTO QUE NINGUÉM CONFERE?
A colega Olivete Salmória já ponderou a respeito colocando em dúvida as palavras de 300 ruas pavimentadas pelas administrações de Ceron. Tanto na Clube FM quanto aqui na página, da mesma forma, já duvidamos também, por mais de uma vez, se há tanta via pavimentada, conforme se tem discursado em relação aos feitos desde 2017. Na Câmara de Vereadores nem se fala. Os poucos vereadores de oposição já fizeram pedido de informação e esbravejaram que não há esse mundaréu de obra nem aqui, talvez na China.
E CATANDO INFORMAÇÕES…
Porque a área de Comunicação do Paço está ocupada cuidando do normal, algo compreensível por causa das demandas, temos coletado, faz algum tempo, dados sobre as pavimentações de vias na era Ceron, desde os idos de 2017. Nem todas as obras executadas conseguimos os valores finais pagos. Algumas não têm o dado exato da metragem executada (na informação porque na execução é claro que tem). Mas estamos construindo a Lista do Gringo.
O QUE É POSSÍVEL APONTAR A RESPEITO?
Embora não tenhamos ainda todos os dados, porque é uma tarefa não urgente, é possível apontar que, se considerar cada obra, independente do pedaço que recebeu pavimento (novo ou substituição do antigo), o discurso de Ceron e de seus pares do colegiado está subestimando a realidade. Há mais de 300 obras executadas ou em execução em termos de pavimento (asfalto e lajota) nas ruas, avenidas, becos, servidões e praças.
Observa-se, por exemplo, que os dias atuais possuem a maior quantidade de frentes de trabalho de todos os tempos. Os recursos predominantes para tais obras atuais em andamento são do Finisa II, sem que o morador precise pagar nenhum centavo…
E como se observa, há obras de todo tamanho, como é o caso da rua Irmão Joaquim que tem previsão de 3km de asfalto ou da rua Oscar Fernandes com apenas 104 metros.
Da mesma forma se percebe que há pavimentos à base de lajota, como nessa via em bairro da parte sul de Lages, cujo trabalho é executado por empreiteira licitada, caso da Base Forte Construtora…
E também asfalto, como nessa obra da revitalização da rua João José Godinho, com equipe e recursos próprios, cujo pavimento estava sendo produzido pela Usina da Amures
INFRAESTRUTURA:
ONDE ESTÁ O PECADO DA GESTÃO?
Como se verifica na lista em apuração das vias pavimentadas e em pavimentação, nenhuma outra gestão municipal executou tanto trabalho de infraestrutura na área central e bairros quanto a atual. E ao contrário do que os poucos vereadores de oposição apontam de que ‘é asfalto só em ano de eleição’, a própria lista com os anos de execução dos trabalhos indicam diferente. As máquinas só desaceleraram no segundo semestre do ano passado por causa das encrencas do prefeito com o Gaeco.
E…
Daí surge a indagação da razão de tanto desgaste e reclamações sobre infraestrutura em Lages, culpando, naturalmente – e com razão – a administração pública atual. O problema reside no básico. A prefeitura de Lages não implementou uma operação tapa buracos que minimizasse a situação presenciada nas vias. Da mesma forma há muita boca de lobo (onde tem pavimento) com problemas, que não recebe a atenção devida. O mato tomando conta e a sujeira na cidade (questão da coleta de lixo) passam impressão de abandono. Embora não fosse (e nem seja) coisa difícil de atacar e minimizar.
ASSIM
A ação positiva, como obras e bons números da gestão, fica em segundo plano (e não repercute), diante dos problemas de varejo que se avolumam e não são atacados pela gestão. Se foi uma estratégia deixar a cidade ser tomada por buracos e problemas pontuais, parecendo uma tapera, foi – e ainda está sendo – uma estratégia errada (para não dizer e já dizendo, estratégia burra).