A redução dos índices de vacinação em Santa Catarina neste ano é alarmante na comparação com os totais alcançados em 2016.
ALGUNS ÍNDICES
A poliomelite, que tinha 92,65% de vacinação em 2016, tem um índice atual de 69,88% neste ano. A situação é de gravidade semelhante no caso das vacinas BCG (61,25%), rotavírus (69,65%), pentavalente (70,66%), tríplice viral (71,63%), tetravalente 60,81%) e para o combate à meningite C (70,94%), pneumonia (72,63%), hepatite A (67,02%) e febre amarela (59,57%). Há seis anos, a maior parte dessas vacinas contavam com taxas de imunização superiores a 90%.
RISCO DE PARALISIA INFANTIL
Superintendente de Planejamento em Saúde da Secretaria da Saúde, Carmen Delziovo, citou que Santa Catarina está no limiar de ter novos casos de paralisia infantil, uma doença que já estava erradicada no Brasil desde 1994. “Somente 33% das cidades atingiram a marca de 95% de população vacinada, que seria a cobertura ideal”, lamentou Delziovo que significam 100 municípios nos chamados índices ideais de imunização no Estado.
LAGES TEM ÍNDICES HORRÍVEIS
Os dados são da segunda-feira, 12, mas evidenciam um verdadeiro sumiço das crianças dos locais de vacinação. Ao todo há elencado um público infantil que totaliza 8.757 crianças a serem imunizadas em Lages. Dessas, pelos dados informados, até o final de semana eram 3.397 vacinadas. Isso representa 38,79% da cobertura prevista. Significa dizer que, apenas 4 em cada 10 crianças que precisariam se vacinar em Lages, estão imunizadas.
O QUE LAGES FAZ?
A Secretaria de Saúde está ampliando horários de atendimento e estendendo imunização aos sábados. A campanha de multivacinação foi prorrogada até 30 de setembro. E as escolas irão exigir a carteirinha com ciclo vacinal completo da criança para liberar a matrícula, inclusive considerando uma determinação do Ministério Público. Ações para tentar ampliar a conscientização, adesão e vacinação.
Até o Centro Cultural Aristiliano Ramos está com equipes no sábado para imunizar os pequenos devido à baixa adesão