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Lages: Detentos terão curso técnico

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES É O CURSO QUE 25 INTERNOS DE UM DOS PRESÍDIOS DE LAGES IRÃO FREQUENTAR

Santa Catarina não possuía uma turma de curso profissionalizante formada integralmente por internos de unidades prisionais. Lages dá esse primeiro passo no caminho da ressocialização. O projeto educacional que busca formar técnicos em edificações foi idealizado por uma professora da rede estadual de ensino e apoiado pela direção da unidade prisional, Coordenadoria de Educação e pelo Judiciário, por meio da Vara Regional de Execuções Penais da Comarca de Curitibanos, que tem abrangência em Lages.

CRITÉRIOS E ENCAMINHAMENTOS

O pedido para estudar partiu dos próprios internos. Ao todo, serão 25 deles que aprenderão a profissão. E um ano e meio depois têm chances de, terminada a qualificação, retornar à sociedade em condições diferentes das quais ingressaram no sistema prisional.

Os cursantes têm ensino médio e cumprem pena no regime semiaberto. Com esta oportunidade, estarão em 90% do tempo ocupados com atividades laborais e estudo. Antes de se tornarem alunos, tiveram que apresentar bom comportamento e passar por avaliação.

A IDEALIZADORA

Quem iniciou a mobilização para possibilitar a experiência foi a professora Denise Paes, que por ser advogada ouve frequentemente dos internos a solicitação por vagas de trabalho e estudo. Defensora da ressocialização, a docente aponta que “socialmente há preconceito”. A partir do momento que a escola abre as portas para essas pessoas, diz que está disponível e que ressocializar junto à comunidade é plausível”.

A REFERÊNCIA DE LAGES

O diretor do Presídio Regional, Gilberto Laurentino, reforça que Lages é uma das cidades catarinenses que mais trazem retorno social com internos em atividade laboral em órgãos públicos e na iniciativa privada. Agora, a unidade avança na área da educação. “Casar o trabalho e projetos educacionais é a fórmula para oportunizar a essas pessoas o retorno ao convívio social”.

VISÃO DO JUDICIÁRIO

Para a juíza Ana Cristina de Oliveira Agustini, é fundamental apoiar iniciativas como esta:

“Projetos como esse são muito bem-vindos e amplamente incentivados pelo Juízo, porque o objetivo é demonstrar que o preso poderá voltar para a sociedade mais qualificado, com uma forma de pensar diferenciada de quando entrou no cárcere, viabilizando um maior número de oportunidades e uma chance real de ressocialização”.

Com informações: NCI/TJSC – Serra e Meio-Oeste 

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