OPERAÇÃO DOS POLICIAIS FEDERAIS INVESTIGA EMISSÃO DE PRONTUÁRIOS MÉDICOS FALSOS EM LAGES
Pequena movimentação anormal na sede da Polícia Federal em Lages. Isso por causa da operação Prontuário Pirata. A operação investiga suspeita de fraude na emissão de laudos com prontuários médicos falsos. O objetivo é acessar indenizações do DPVAT, benefício que sobre danos pessoais decorrentes de acidentes com veículos.
SUSPEITA EM ESCRITÓRIO
Para não jogar todos os escritórios que encaminham o procedimento na vala comum, o que ocorreu é que um único estabelecimento teria apresentado à CEF (instituição financeira que opera o pagamento do DPVAT) meia dúzia de pedidos de indenizações com indícios claros de falsificação. Os investigadores aprofundaram a análise e identificaram outros nove pedidos em condições suspeitas.
ENCAMINHAMENTO
A operação neste último dia de abril consistiu na coleta de material (através de busca e apreensão autorizada na via judicial). Esse material será periciado. Em tese, os médicos cujos nomes aparecem nos prontuários, são também vítimas, porque teriam tido a assinatura falsificada pelo escritório investigado. Embora a operação focou busca e apreensão de material, uma pessoa, não se sabe se é do escritório investigado, foi à sede da PF na manhã de terça-feira, acompanhada de advogado. A investigação segue, por enquanto, em segredo de justiça.
Veículo na sede da PF na manhã de terça-feira, 30, durante a operação que investiga 15 supostos casos de adulteração e fraude para acesso ao seguro DPVAT
BENEFICIADOS TERÃO
QUE DEVOLVER VALORES?
Não há resposta a essa indagação porque os detalhes do processo investigatório não são de conhecimento público (procedimento corre em segredo de justiça). Via de regra, se o beneficiário do valor não tinha direito, o dinheiro terá que retornar aos cofres do DPVAT. Se é o cidadão que, em tese, recebeu de boa fé ou o escritório que ‘deu o jeitinho’, isso dependerá dos desdobramentos futuros.