O QUE A DEPUTADA E SECRETÁRIA DE ESTADO DECIDIR SOBRE O SEU RUMO ELEITORAL EM LAGES IRÁ CLAREAR O CENÁRIO SOBRE A DISPUTA DE 2024
Certamente a deputada federal e secretária de Estado da Saúde Carmen Zanotto já deve ter comemorado – e até agradecido a Deus – pela derrota nas eleições municipais de 2020, quando perdeu por 56 votos a disputa para Antonio Ceron. Em um exercício de futurologia reversa, mesmo que não fosse puxada de forma personalíssima (ela mesmo) para dentro do redemoinho da operação mensageiro, inevitavelmente integrantes da equipe teriam sido atingidos. Isso considerando como o sistema do Grupo Serrana estava empregnado na dinâmica de atuação. Daí que a derrota, é coisa para ser comemorada.
ENTRETANTO
Esse flerte com o risco de ter uma trajetória política brilhante afetado – assumindo um cargo Executivo cheio de armadilhas – não afasta Carmen Zanotto do projeto de ser prefeita de Lages. Ela nunca escondeu o sonho e o propósito. Mas não tem dito uma única palavra sobre o assunto. Nem para sim, nem ao contrário. “Ao seu tempo tudo se definirá”, limita-se a apontar a Secretária de Estado da Saúde que tem até 5 de abril para decidir, já que é a data limite para a desincompatibilização.
CENÁRIO COM E SEM ELA
O fato é que Carmen Zanotto disputando a prefeitura de Lages gera um cenário. Ela seguindo na Secretaria de Estado da Saúde, a realidade da disputa local seria algo absolutamente diferente. É algo tão indefinido que colegas de imprensa têm cautela de nem discorrer sobre o tema, aguardando que a situação fique mais clara. Tanto é fato que quando a imprensa estadual exterioriza alguma suposição (ou nota plantada), articulistas daqui tratam de repercutir, embora nada seja fato novo.
O QUE SABEMOS A RESPEITO?
Governador Jorginho Mello quer que Carmen Zanotto disputa a prefeitura de Lages. Há um esforço para tentar colar um nome do grupo de Lucas Neves como vice. O PL de Marcius ficaria apenas como apoiador. O próprio Jorginho interfiriria para acomodar essa situação, impedindo que os liberais se aloprem querendo lançar nome a prefeito ou vice.
E…
Por outro lado, há um esforço para ser o Plano B de Jorginho, caso Carmem não venha disputar. Inclusive a ideia não passaria por alguém do grupo de Lucas, mas pelo próprio deputado do Podemos. Dependerá da intensificação da aproximação dos lados, inclusive com Carmen que nunca escondeu a chateação pelo que sofreu ‘nas mãos’ de Lucas na eleição de 2020 em Lages.
E PARA OS LADOS DO PAÇO?
Não, o grupo político que administra Lages não está morto. Respira com ajuda de aparelhos, mas ainda têm sinais vitais. Leituras de bastidores indicam que uma sobrevida viria em duas circunstâncias: a renúncia de Ceron, tentando gerar um efeito Renatinho em Polese, com ele disputando. Algo meio difícilporque o atual vice é meio medroso de enfrentar as urnas. E a outra circunstância que fortaleceria o grupo seria uma sentença absolutória de Antonio Ceron na operação mensageiro, colocando-o como vítima do contexto posto.
E…
Fora isso, talvez Colombo vindo para o páreo. Entretanto, com a forte tendência do ex-governador virar Senador em decisão lá no TSE, é pouco provável que ele venha para uma disputa paroquiana. Até porque, depois de ser derrotado em duas eleições seguidas ao Senado, se perder a terceira disputa, nesse caso a prefeito, poderia até pedir música no Fantástico.
O partido acima sai de cena no final do ano que vem com uma das maiores rejeições da história de uma sigla partidária em Lages ou dá a volta por cima? Em não havendo fato novo ou diferente, a pergunta é fácil de responder!