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Marcius tenta amenizar desgaste

ATÉ PALAVRAS DE BAIXO CALÃO FORAM DIRIGIDAS AO DEPUTADO POR, NO MÍNIMO, ATRASAR LEI PARA MANEJO DE JAVALI

Talvez se soubesse que haveria um desgaste tão significativo com insultos e até palavras de baixo calão dirigidas contra ele, enquanto deputado, Marcius Machado teria pensado duas vezes antes de se atravessar no Projeto de Lei de autoria do deputado Lucas Neves. A norma tenta a retomada do manejo e controle de javalis em território catarinense. O projeto estava pronto para ir a plenário, mas recebeu uma emenda aditiva de Marcius que desacelerou o andamento da matéria.

CONSEQUÊNCIA DA INTERFERÊNCIA

Com a emenda aditiva de Marcius o projeto de lei precisa cumprir a ritualística na Alesc. Lucas Neves fala inclusive em ‘volta à estava zero’, atrasando um encaminhamento urgente aos produtores rurais que sofrem com o ataque dos animais exóticos. Javalis adentram em plantações e causam prejuízos de toda ordem, deixando agricultores impontentes diante de restrição imposta pelo Ibama para a manutenção do manejo. E vem de produtores rurais, associações, entidades, a revolta com a postura em atrasar uma solução que vinha sendo costurada pela via legal, o parlamento catarinense.

MARCIUS JUSTIFICA POSTURA

Desde a apresentação da emenda aditiva – e diante da repercussão – Marcius vem tentando justificar e amenizar os efeitos de sua postura. No início da tarde desta sexta-feira, 24, exterioriza posicionamento apontando que nunca foi contra a caça ao javali. “Foi necessário o ajuste de pontos importantes para a regulamentação da prática”.

JUSTIFICATIVA NÃO FAZ SENTIDO

Marcius argumenta que a emenda que apresentou quer garantir ao proprietário o direito de autorizar ou não a caça (do javali) na propriedade. Entretanto, a lei estadual nem pode tratar desse assunto. É que existe a lei federal 5.197/1967 no § 2º do artigo 1º que é claro ao apontar que cabe ao proprietário não apenas autorizar como fiscalizar a eventual prática em seus domínios. Ou seja, Lei Federal já disciplina aquilo que Marcius quer que conste em Lei Estadual. Colocar tal previsão em lei estadual pode levar à discussão da constitucionalidade da norma.

COMISSÃO BEM ESTAR ANIMAL

Marcius argumenta que o projeto de lei que tenta normatizar o manejo do javali não passou pela Comissão de Proteção e Bem-Estar Animal que ele preside na Alesc. Entretanto, salvo melhor juízo, ela foi instituída depois que o projeto de lei do javali foi proposto. E o manejo do javali não se constitui proteção e nem bem-estar animal. A ideia é não proteger e muito menos garantir bem estar a esses bichos que precisam ser capturados, abatidos e retirados do meio rural.

ARGUMENTA MARCIUS

“A caça no Brasil é estritamente proibida e existe apenas a exceção ao javali. Precisamos também ajustar para que animais inocentes, como o leão baio, veado campeiro, pato selvagem, não sejam assassinados”.

PORÉM

O projeto de lei se refere exclusivamente ao manejo e controle do javali, não entrando no mérito de outros animais, visto que a proibição de caça já está chancelada em Lei Federal. Logo

Há um esforço enorme para não fomentar um aparente embate de Marcius em relação a Lucas Neves nessa tentativa desse último em ajudar o produtor rural a controlar a população de javalis. Mas algo estranho ocorre, retardando uma providência (de criar a lei) que é urgente para SC

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1 thought on “Marcius tenta amenizar desgaste”

  1. Parabéns Edson, pela explicação, se o Deputado tivesse pesquisado isso antes talvez não estive passando vergonha agora e até perdendo alguns eleitores por conta disso. Vai custar caro, igual o que nos produtores estão pagando por conta dos estragos do javali no campo e naos lavouras.

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