CLUBE SEGUE RESOLVENDO PENDÊNCIAS PRINCIPALMENTE NA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA PODER PENSAR ADIANTE
Não temos entrado no noticiário da caminhada colorada na tentativa de subir à Série A porque tem gente que entende mais de esporte que a gente fazendo isso com competência na paróquia. Mas a torcida é gigante para que o time retorne ao lugar de onde nunca deveria ter saído. E se dentro de campo há resultados que permitem sonhar em desfilar na elite do futebol catarinense, fora dele há outro jogo em curso na tentativa de sanear as dívidas antigas – e não tão antigas – que integram o passivo do Clube.
NEGOCIAÇÃO E RENEGOCIAÇÃO
Mesmo com aquela ideia de chamamento ao torcedor para a partida decisiva do domingo do dia dos pais, quando o Inter aplicou um convencível 4 a 2 em cima do time do Santa Catarina de Rio do Sul, o presidente Cristopher Nunes, durante entrevista na Clube FM 98,3 na sexta-feira, 11, detalhou o que está sendo feito para esse saneamento financeiro de dívidas;
“São duas dívidas diferentes: a tributária e a trabalhista. Em relação a essa última temos avançado, buscando negociação e renegociação para reduzir o número de ações”.
NESSE SENTIDO
Segundo Cristopher Nunes, está em curso uma renegociação perante a Justiça do Trabalho que tende a reduzir cerca de 50 ações trabalhistas das mais de 70 existentes somente de pessoas de Lages. “Se considerar de todo o Brasil, hoje chegaríamos perto de 150 ações”. O presidente tem lidado com franqueza sobre o assunto e destaca a compreensão dos profissionais da Justiça do Trabalho. “As Juízas, a área técnica, eles não deixam de aplicar a lei, mas visualizam a nossa boa vontade em resolver”.
PARA PENSAR NO TIME
Para o presidente Cristopher Nunes, será reduzindo esse passivo trabalhista e depois tributário, que se poderá pensar ainda mais no próprio time em si. “Está tudo às claras. Quem quiser acompanhar, conferir, está tudo à disposição”. Ele lembra que essa situação (de dívidas) impede desde a implementação de um plano de sócios até o acesso à publicidade de empresas:
“Tem empresário que quer ajudar, mas não quer se incomodar com oficial de justiça batendo à porta para reter valores de patrocínio. Isso é um problema que não é do patrocinador e precisamos resolver para poder sonhar mais alto”.
Sem ilusão: Se dentro de campo o time tem claras chances de subir à Série A, fora deles há outro jogo em andamento para reduzir o passivo do Clube perante a Justiça do Trabalho e o fisco. Mas o público como dos 2.217 pagantes do domingo é uma forma do torcedor ajudar nesse saneamento que o Clube vem processando.
AJUDA DO PODER PÚBLICO
A Prefeitura de Lages sempre foi parceira do Internacional pelo entendimento dos gestores sobre o que o time representa para a cidade, repercutindo na estima das pessoas. Na interinidade, Juliano Polese acenou uma sequência de apoios ao time. Nada fora da curva em termos de aporte. O que o Inter quer, principalmente, é estrutura no Estádio Vidal Ramos para mandar seus jogos com tranquilidade. “Estamos torcendo que essas demandas estruturais sejam atendidas”, diz um cauteloso presidente Cristopher Nunes, numa crença de que a gestão atual dará esse básico de apoio ao Clube.
Foto do post: Gabriel Athayde/Divulgação/Inter de Lages
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