PRIMEIRO PREFEITO JULGADO RECEBEU QUASE 60 ANOS DE CONDENAÇÃO E DONO DA SERRANA SOMOU 42 ANOS DE PENA
Relatora dos processos da Operação Mensageiro, ao término do julgamento dos primeiros envolvidos, durante a sessão desta terça-feira, 28, a desembrgadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaeffer apontou:
“O processo de hoje é um marco por ser o primeiro sentenciado, trazendo a sociedade uma resposta após 9 meses da deflagração da primeira fase. A justiça está presente e dá as respostas necessárias”.
NOVE MESES E TRÊS SEMANAS
Na verdade, desde o estouro da Operação Mensageiro – 6 de dezembro – passaram-se 9 meses e três semanas. Um prazo célere para se chegar até as condenações prolatadas na sessão da 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ/SC. O voto pela condenação da relatora foi seguido pelos outros dois integrantes da referida Câmara – desembargadores Luiz César Schweitzer e Luiz Neri Oliveira de Souza -, estabelecendo-se unanimidade naquilo decidido.
MAIS DE UM SÉCULO DE PENA PARA DOIS
Coube ao ex-prefeito de Itapoá – o primeiro dos prefeitos envolvidos na operação que foi julgado – receber uma pena superior a 59 anos de prisão. Depois se aplicou as reduções, mas mesmo assim o somatório foi de 18 anos. O dono da Serrana Engenharia pegou 42 anos. Com as reduções foi limitada a 25 anos de prisão. Ambos, portanto, não considerando as reduções, somaram mais de 100 anos de pena.
O julgamento cuja sessão durou apenas 90 minutos previu ainda a devolução de R$ 1,6 milhão aos cofres da prefeitura de Itapoá. Tanto o ex-prefeito Marlon Neurer quanto o dono da Serrana seguem presos. O acordo de delação prevê soltura antecipada, mas os detalhes não são do conhecimento público pelo fato do processo ser mantido em segredo de justiça.