ENTENDA O PEDIDO DE IMPEACHMENT CONTRA O PREFEITO EM EXERCÍCIO DE LAGES PELO NÃO PAGAMENTO DO PISO DO MAGISTÉRIO
Há um adágio popular dos tempos idos de que o pecuarista para acabar com o carrapato matava o boi. O silogismo, na verdade, faz referência à realidade de que, para resolver um problema, adota-se uma medida mais extrema. E bem nessa linha de raciocínio se posicionou um grupo de professores da rede municipal de ensino de Lages, filiados ao Simproel. Considerando que o atual prefeito não providenciou o pagamento do piso do magistério – apenas um dos motivos dos atos de protestos – protocolou-se um pedido de impeachment contra Juliano Polese.
Os professores e o pedido de impeachment no registro feito na página do Simproel na porta da prefeitura. O documento teve como destino a Câmara de Vereadores
ISSO É POSSÍVEL? O IMPEACHMENT?
Sim e não. Sim porque qualquer do povo pode entrar com pedido de impeachment contra o prefeito. E não porque Polese pegou o barco andando, tendo assumido a função de prefeito há menos de 90 dias, não podendo ser responsabilizado de imediato por uma omissão do ordenador primário de vários anos.
PODE OCORRER O IMPEACHMENT?
Sim. Depende apenas do trâmite legislativo. Via de regra, gestores recebem uma dezena de pedidos de impeachment durante o mandato. Governador Moisés, Presidente Bolsonaro, todos eles receberam vários pedidos. Inclusive Lula, neste novo mandato, já tem contra ele pedido de impeachment. O andamento disso depende do ânimo do legislativo e do fundamento do pedido.
PROFESSORES VÃO RECEBER O PISO?
Não. Salvo alguma mudança de plano em cima da realidade financeira do município, não há qualquer movimento na Prefeitura de Lages no sentido de atender a reivindicação do magistério e efetuar a correção de valores, passando a pagar o piso do magistério à categoria.
O QUE ENTENDE O PAÇO?
Pelas informações colhidas, embora se entenda justo as reivindicações, o movimento da paralisação tem cunho também político. Tanto que um dos discursantes filiado ao Simproel, não falou nas reivindicações ao se manifestar, mas bateu na situação lamentável que atravessa a cidade com o prefeito preso. Haveria intenção de enfraquecer (se é que a essas alturas isso é possível) a atual administração, gerando desgaste em decorrência da insatisfação.
ENTENDAMOS QUE…
A essas alturas, diante da realidade de um prefeito, três secretários e um diretor presos, com as ações do poder público andando com freio de mão puxado, qualquer ato para desgastar a administração remete ao popularmente falado bater em cachorro morto. No caso de Lages, é mais que cachorro morto. É bater em cinzas de cachorro. Talvez o receio é de que seja das cinzas que a ave fênix…