OBSERVATÓRIO TEM DADOS REAIS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM SC. AMEAÇA E LESÃO CORPORAL DOLOSA SÃO OS PRINCIPAIS CRIMES EM LAGES
Nada é mais absoluto que os números catalogados sobre determinada realidade. É isso que está fazendo o OVM/SC – Observatório da Violência Contra a Mulher de Santa Catarina em que se exterioriza dados a partir de números fornecidos pela Gerência de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado da Segurança Pública.
DADOS TÉCNICOS E DETALHADOS
O trabalho desenvolvido em parceria com o Ministério Público de Contas de Santa Catarina (MPC/SC) indica a realidade nua e crua sobre os crimes cometidos contra as mulheres em território catarinense, considerando os últimos três anos. São apresentadas a quantidade de ocorrências para cada tipo de crime, a distribuição geográfica dos registros, além de informações sobre as vítimas e os autores.
OS NÚMEROS DE LAGES
Naturalmente que os painéis compartilhados pela área de comunicação do MPC/SC permitem conhecer a realidade de violência contra as mulheres em relação a todos os municípios catarinenses. Abaixo compartilhamos casos registrados na Polícia Civil relativos apenas ao município de Lages entre 2020 e 2022:
Todos os crimes merecem repulsa, mas observem, por exemplo o estupro, um crime hediondo que tem mais de 100 registros em Lages no período de 3 anos
Também não menos absurdo o quantitativo de lesões corporais dolosas que, depois do crime de ameaça, constitui-se o que mais se registra em Lages, nos dados apurados do referido Observatório. Se pegarmos a média dos crimes de lesão dolosa (que há intenção de praticar o ato), somente ano passado tivemos uma média de 3 mulheres sendo vítimas a cada 2 dias.
Neste ano (2023) foram registrados dois feminicídios na Serra Catarinense. Os dados estão acima dentro dos painéis de divulgação do OVM/SC
IMPORTANTE OBSERVAR QUE…
Lages é uma das poucas cidades em Santa Catarina, quiçá do Brasil, que possui uma Secretaria Municipal de Políticas de Proteção à Mulher. A estrutura criada na gestão do prefeito Ceron funciona com a discrição que o desafio exige, sem expor vítimas e buscando orientar e atender quem sofre violência. O trabalho é coordenado pela secretária Marli Nacif que, no máximo, torna público quantitativo de atendimentos, mas sem entrar em detalhes por uma questão de humanismo e respeito às mulheres que têm a vida devastada por causa da ignorância e a truculência masculina.
Secretária Marli Nacif nesse registro com Agentes de Trânsito, numa das ações de conscientização. Um trabalho silencioso, discreto, mas que ampara uma faixa da população que sofre os efeitos da violência