VEREADORES DE LAGES CHAMAM DEFESA CIVIL PARA EXPLICAR PLANO DE CONTINGÊNCIA NA CIDADE
Parafraseando o adágio popular do chorar sobre o leite derramado, os vereadores de Lages se colocam a discursar sobre a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul. Nessa linha, somente após o ocorrido em terras gaúchas, preocupam-se com riscos que possam assolar a cidade e seus habitantes diante de situações de emergência.
NESSE SENTIDO
Primeiro foi a vereadora Elaine Moraes (Cidadania) e agora todos os vereadores assinam um requerimento onde pedem a presença do Executivo da Defesa Civil na Câmara. O documento aponta sobre a busca de informações de um Plano de Contingência em Lages:
“Dado a importância de estarmos preparados para situações de emergência e desastres naturais, é essencial que esta Casa tenha pleno conhecimento das ações de estratégias estabelecidas no referido plano”.
VOCÊS CONTAM OU EU CONTO?
Lages não tem um Plano de Contingência para desastres naturais ou situações de extrema emergência. E os vereadores sabem disso. Por sinal, os mesmos deveriam contribuir, buscando a realidade sobre a ausência de um plano mais detalhado, amplo e complexo – e não uma adjetivação geral que o estagiário pode fazer em papel para apresentar na Câmara.
E…
A partir daquilo que os legisladores da paróquia constatarem, incluírem sugestões, observações e agregando com o trabalho da Câmara. Seriam construtores de soluções. E não puxar um integrante do Executivo para exteriorizar algo que eles mesmo sabem que, se existir, é algo superficial, básico e que não subsistiria diante de uma situação imprevista mais drástica, como aquela ocorrida no RS.
LOGO E ASSIM
Se a Casa de Leis de Lages quer contribuir, chame o debate, apresente ideias em cima daquilo que existe e, principalmente, agregue em relação ao que não existe de prevenção. Até porque, salvo melhor juízo, o melhor plano de contingência que a Defesa Civil tem feito (e isso já é positivo) é o desassoreamento de rios para retardar inundações. Mas isso não é um plano. É uma ação prática, importante e necessária.
Registro neste final de maio de ação prática para retardar alagamentos em bairros como São Sebastião e São Vicente, devido ao transbordamento do rio Ponte Grande
CONVENHAMOS!
Pautar assuntos considerando a tragédia já ocorrida em território gaúcho, tentando evidenciar que Lages pode enfrentar (e na verdade pode mesmo) situação semelhante, é pegar carona em acontecimento que precisa de ações práticas e não discursos, debates e achismos.
Outro registro (agora no rio Carahá) de exemplo prático de ação que é feita em Lages para retardar, mas não impedir inundações na cidade. Agora um Plano de Contingência abrangente, salvo melhor juízo, inexiste
AÇÃO DE CONTINGÊNCIA QUE LAGES PRECISA
Apenas dois exemplos para contextualizar a situação local:
ABASTECIMENTO DE ÁGUA – Inexiste uma ação de proteção na ponte da SC-114 que passa sobre o rio Caveiras (divisa de Lages com Painel). A eventual queda de uma carga tóxica, a partir de acidente no local, pode deixar a cidade temporariamente sem abastecimento de água (como ocorreu em Joinville ano passado por causa de um acidente na Serra Dona Francisca). O local precisaria de reforço de guard rail e aumento de sinalização, assim como redutores de velocidade para prevenir acidentes. Algo básico, mas que nem os vereadores se ativeram a isso, para sugerir providências preventivas.
ESCADA MAGIRUS – A cidade não possui o equipamento para atender incêndios em prédios. E esse item deveria integrar um Plano de Contingência para emergência ligada a sinistros do gênero.