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Reajuste na Câmara: A lista contra

VEREADORES SE POSICIONAM CONTRA A AUMENTAR O SALÁRIO PARA R$ 16.500,00. PROJETO NÃO DEVE SER APROVADO

Antes de mais nada se observe – como bem lembra o advogado João Carlos Matias – que é prerrogativa e tarefa dos vereadores fixarem os vencimentos de prefeito, vice, secretários e deles próprios para a próxima legislatura. A Constituição Federal e a Lei Orgânica de Lages determina isso. Porém, fixar não significa aumentar. Ou, não significa aumentar tanto, assim na faixa dos 46,92% como é o percentual fixado no projeto de lei que deu entrada na Câmara. Os vereadores podem, inclusive manter nos mesmos patamares – atualmente eles ganham R$ 11.230,55 – assim como, fixar algum valor a menos.

REPERCUSSÃO DO ASSUNTO

Até agora o presidente Freitinhas apenas se manifestou aqui na página sobre o projeto. Disse que o critério é estabelecer salário de vereador equivalente a 50% do que ganha um deputado estadual (há previsão legal nesse sentido). E que a decisão não é dele. Mas da Mesa Diretora, da qual ele apenas faz parte. Entretanto, pela repercussão negativa do assunto, tratado como absurdo por 10 em cada 10 lageanos, há uma lista daqueles que já se manifestaram apontando que votarão contra o projeto. Inclusive dois daqueles da lista da Mesa Diretora já recuaram da ideia de ‘sustentar a loucura’.

QUEM SE MANIFESTOU CONTRA

O primeiro a se manifestar foi Heron Souza (sem partido). Ele integra a Mesa Diretora, mas não assinou o projeto e disse que votaria contrário. Na sequência o vereador Agnelo Miranda (PSD) tomou o mesmo procedimento: contra o reajuste de 46,92%. Jair Júnior foi às redes sociais e escreveu que votará contra. O colega Adilson Oliveira coletou em seu programa Clube Comunidade Rádio Clube FM Lages – o posicionamento de outros vereadores, inclusive dos arrependidos José Osni (Podemos) e Robertinho Roque (PSD) que integram a Mesa Diretora, mas recuaram. Suzana Duarte (Cidadania) também teria exteriorizado a contrariedade.

A LISTA DOS VOTOS CONTRA

Está assim a relação dos vereadores que votariam contra o reajuste dos salários para a próxima legislatura, incluindo aqueles que retornam ao legislativo segunda-feira, 01, após deixarem a equipe de Ceron:

Agnelo Miranda (PSD)

Eder dos Santos (Podemos)

Elaine Moraes (Cidadania)

Gabriel Córdova (sem partido)

Heron Souza (sem partido)

Jair Júnior (Podemos)

Jean Felipe Souza (PP)

José Osni (Podemos)

Leandro Amendoim (PL)

Ozair Polaco (PSD)

Robertinho Roque (PSD)

Suzana Duarte (Cidadania)

NÃO SE MANIFESTARAM

OU VOTARÃO PELO AUMENTO

Aldori Freitinhas (MDB)

Álvaro Joinha (PP)

Gerson dos Santos (PSD)

Jean Pierre Ezequiel (PSD)

Depois de Heron Souza, o vereador Agnelo Miranda foi o segundo a nos informar que votaria contra o projeto de reajuste dos salários protocolados pela Mesa Diretora da Câmara

‘EM 10 DIAS NEM VÃO LEMBRAR MAIS’

No dia em que se decidiu dar entrada no projeto de reajuste dos salários de agentes públicos em Lages, o presidente da Câmara, Aldori Freitinhas (MDB) teria sido advertido que o aumento para R$ 16.500,00 repercutiria muito mal na cidade. “Em 10 dias não vão lembrar mais”. Teria sido a reação do presidente diante do teor de valores proposto.

Presidente da Câmara teria apostado na memória curta do lageano, o que de certa forma ele não deixa de ter razão, até porque não há histórico de protestos na cidade em relação às estripulias políticas na paróquia

POR QUÊ NÃO FIXAR LÁ EM DEZEMBRO?

Houve quem dissesse que os vereadores deveriam votar esses aumentos lá em dezembro, depois da eleição. Assim, evitariam o desgaste. Ocorre que, votando agora – independente do que foi decidido – não estão legislando em causa própria, já que não sabem quem serão os vereadores, prefeito e vice. Depois da eleição terão conhecimento dos agentes públicos a serem beneficiados com o reajuste. E em havendo reeleitos na lista de votantes, soaria que estariam legislando para aumentar os próprios salários.

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