OBRAS DE CONTENÇÕES EM 25 PONTOS DO TRECHO NÃO FORAM SUFICIENTES PARA IMPEDIR QUEDAS DE BARREIRA
A geotecnia que estuda o comportamento do solo e das rochas é uma das especialidades da empresa portuguesa Teixeira Duarte. E foi essa empresa de forma consorciada que assinou as obras de intervenções em 25 pontos da Serra do Rio do Rastro. Em tese, o trabalho se concentrou em pontos mais propensos a deslizamentos e quedas de barreiras. Se nos 25 pontos atacados, a situação foi contida (em termos de queda de barreiras), a providência não foi suficiente para impedir que o trecho da SC-390 que desce o desfiladeiro da referida serra, apresente riscos e constantes quedas de pedra e terra.
Foi o que voltou a ser registrado na segunda-feira, 14 de março, com pedra e terra se desprendendo da encosta e causando riscos aos usuários da Serra do Rio do Rastro
OBRA DE R$ 19 MILHÕES
O montante de R$ 19 milhões foi gasto somente nas intervenções em 25 pontos que incluiu também um trecho da mesma rodovia entre Orleans e Pedras Grandes, distante cerca de 15 km do traçado da Serra do Rio do Rastro. De qualquer forma, se as obras de contenções visavam acabar com as quedas de barreira, isso não ocorreu. Inclusive, tais ações interferiram na vegetação (que dava sustentação aos paredões), tornando as quedas, embora em quantidade de material menor, mais frequentes.
INCLUSIVE
Nem dá para ponderar sobre a garantia da obra, visto que aquilo que foi mapeado para ser contido, recebeu a intervenção. O problema está onde não houve contenção. Ou seja, a solução deveria ter sido ampliar mais o número de pontos que receberam intervenções – quiçá toda a extensão da serra – para que as quedas de barreira não continuassem acontecendo.