É A MODALIDADE CHAMADA FEDERAÇÃO QUE CONSISTE EM ESTAR JUNTOS NUM CASAMENTO PARTIDÁRIO SEM DIVÓRCIO POR 4 ANOS. PARA CARMEN ZANOTTO, ISSO É BOM!
Última vez que conversamos sobre o assunto com a deputada Carmen Zanotto, ela tinha mais incertezas que certezas sobre o advento da federação cujo modelo estava em cogitação entre o seu Cidadania e o PSDB. “Temos que ir avaliando com calma”, observava a parlamentar lageana embora a calma não seja sinônimo de ir de vagar, porque os prazos urgem. Os partidos têm até 31 de maio para formalizar a adesão ao modelo de federação para a disputa eleitoral deste ano.
CIDADANIA ACEITOU O ‘NOIVADO’
Com direito a votação em dois turnos, o Cidadania decidiu pela adesão ao modelo de federação, numa junção com o PSDB. Esse ‘noivado’ com casamento se sacramentando até o final de maio depende agora dos tucanos. É preciso que o PSDB também decida pela adesão. Feito isso, os dois partidos, embora mantendo o que chamaríamos de ‘autonomia existencial’ passariam a se constituir para fins de votação, uma única sigla. E esse ‘casamento’ não forçado – já que ocorre a partir da decisão espontânea de seus integrantes -, dura 4 anos, sem arrependimentos nesse período.
SIGNIFICADO DISSO PARA CARMEN ZANOTTO
Sem adesão do Cidadania ao modelo de federação, necessariamente, Carmen Zanotto precisaria migrar para outra sigla em menos de 40 dias. É que o Cidadania, isolado em Santa Catarina na disputa proporcional, não conseguiria votos suficientes de legenda para eleger um único parlamentar federal. Para conquistar uma das 16 vagas à Câmara, cada partido (ou federação) precisa somar, um quantitativo superior a 200 mil votos. E o Cidadania sozinho, não tem time para esse somatório. Mas agregado ao PSDB, periga, em federação, conquistar duas, quiçá três vagas. Assim, para Carmen Zanotto, embora ela tivesse incerteza sobre o modelo, para fins de reeleição ruim não é. Mas isso não é impeditivo para ela mudar de partido, caso queira, é claro.
Em continuando no Cidadania e a sigla que integra aderindo em âmbito de Estado ao modelo de federação com o PSDB, restará saber se Carmen caminhará com Jorginho Melo ou com os tucanos, em termos de projeto majoritário estadual. Tudo isso gera suspense sobre esses agrupamentos desenhados no modelo que substituiu as coligações.