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Viúva de Hartmann deixa o Podemos

ANDRÉIA LIZ DESCREVE A CAMINHADA COM O MARIDO E LAMENTA SITUAÇÕES QUE A LEVARAM A DECIDIR POR DEIXAR O PARTIDO QUE ELE INTEGRAVA

Recebemos o conteúdo abaixo e o pedido para publicar, relacionado a uma mensagem/desabafo de Andréia Liz:

“Sou a viúva do saudoso Bruno Hartmann. Sabemos que a vida é uma sucessão de encontros e despedidas. Sabemos que o impacto das pessoas que conhecemos e convivemos ao longo do caminho muitas vezes transcende a própria existência delas. 

Quando chega o momento em que nós perdemos alguém que realmente consideramos importante, carregamos conosco além da dor da ausência, a responsabilidade de seguir honrando sua memória e sempre na busca constante de preservar o seu legado. No entanto, o tempo pode desgastar as memórias, comprometendo a perpetuação daquilo que um dia alguém declarou ser tão significativo.

 (…)

No dia da partida de um grande homem, chamado Bruno Hartmann, a promessa era de que jamais seria esquecido; memórias foram revisitadas e lágrimas foram derramadas em sua memória. Todavia, conforme o tempo avançava, percebe-se gradualmente que a vida adota um hábito cruel de seguir em frente, as memórias para muitos vão se apagando e aquele momento de tantas falas bonitas, tornam-se apenas falácias de projetos políticos das quais as memórias, por mais belas que sejam não substituem a visão quantitativa de votos.

Bruno, com sua capacidade de agregar pessoas aos projetos de um grupo político, como presidente do Podemos local, vislumbrava o crescimento coletivo. Amigos acreditavam no futuro, mas quis o destino que na sua partida, muitas coisas fossem reveladas. Pessoas próximas dele por admiração, pessoas próximas por ideologias positivas, mas havia também dentro deste grupo, os falsos amigos, falsos admiradores e aqueles cujo o único propósito era a manipulação numérica com objetivos eleitoreiros. 

Hoje, é insuficiente que determinados oportunistas levantem a mão e digam: “Eu represento a família do Bruno e tenho contato com todas as pessoas envolvidas em seus projetos”. Hoje só cabe ir além, e mostrar cada cara, cada rosto e reconhecer que para muitos, Bruno está morto com suas memórias e legado, em menos de 3 meses da sua partida. As pessoas não são eternas, mandatos não são eternos, cada um terá o seu dia bom e seu dia ruim. Pena que pareciam ser amigos verdadeiros, infelizmente a ascensão de alguns, está condicionada a derrubar alguém.

(…)

 Diante deste cenário, como houve a chegada de um grupo à agremiação partidária, este mesmo grupo estará de saída. Os que respeitam a dor alheia, os verdadeiros amigos de Bruno Hartmann estão alinhados no fomento de suas bandeiras e fortalecerão a cada dia a construção do caminho de honra, respeito e amor às causas que ele sempre abraçou com muita dedicação.

 Na verdade, a vida as vezes obriga-nos a fazer escolhas, priorizar o presente e lançar o passado ao esquecimento. Ao fazer isso, corremos o risco de trair aqueles que um dia nos influenciaram de maneira tão pura e leal. A decepção de esquecer o legado de um amigo falecido, aquele que para mim, Andréia, era o meu grande amor; cúmplice; parceiro, não é apenas uma questão pessoal; é uma traição ao próprio tecido de nossas relações humanas e uma negação da importância fundamental das conexões que forjamos ao longo de nossas vidas.

 Assim, erguemo-nos frente à sombra da decepção, determinados em transformarmos o pesar em ação. No final das contas, é através de nossas próprias ações que verdadeiramente honramos aqueles que amamos e perdemos. E mesmo que o tempo possa desgastar nossas memórias, o impacto de sua existência continua a ecoar através de nós, um testemunho eterno da profundidade do amor e da amizade.

 As cadeiras nas Assembleias são momentâneas, nas Câmaras, nas Prefeituras, assim como os cargos que muitos exercem e que enchem o ego, afloram o orgulho como se fossem eternos, que os colocam em lua de mel interminável com o poder. Tudo isso, pode soar como soberba e a “Soberba precede a queda”. Hoje “PODEMOS” dizer que: É com muito prazer que deixamos esta sigla partidária. O nome do Partido é bem sugestivo, inclusive para os que estão de saída, pois, PODEMOS escolher melhor em quem acreditamos.

O conteúdo é de autoria de Andréia Liz, a viúma de Bruno Hartmann, que assina em nome próprio e de amigos que acompanharam a trajetória e acreditaram sempre no projeto. No projeto com Bruno Hartmann!

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6 thoughts on “Viúva de Hartmann deixa o Podemos”

  1. Parece que o partido só usa a palavra na hora de fazer discurso
    Muito bem feito Andreia, não deixe a demagogia tomar conta de todo trabalho que Bruno deixou

  2. Bruno foi e será para sempre o cara que fez a diferença em nossa cidade. Um verdadeiro representante das causas de nossa cidade. Um cara íntegro, honesto e que mostrou sempre o verdadeiro sentido da palavra compromisso!!! Bruna eternizou memórias lindas pelas causas que lutou e acreditou, e isso não é qualquer um que faz . Muita força pela tua coragem Andreia

  3. Tem meu apoio Andréia, pude participar um pouco da vida de vocês e sei Bruno fazia de tudo por você e pelas causas que ele acreditava. E dessa forma, nós amigos não vamos deixar que tudo o que ele fez seja esquecido. A questão de falso amigos não esquente terão seu retorno. E aos políticos que tiveram sua acensão com os projetos do nosso saudoso Bruno, as urnas estão próximas. Podemos fazer a mesma coisa que estão fazendo com a memória do Bruno esquecer eles. Conte sempre com nós.

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