SOBRE RELAÇÕES, RECOMENDAÇÕES, REJEIÇÕES E ELEIÇÕES
Embora isso não mude a vida dele, reservo um excelente conceito pelo cidadão João Cardoso. Vice-prefeito de Lages (na gestão Paulo Duarte), vereador de forte atuação, juiz classista na área trabalhista e advogado da prateleira de cima, em termos de atuação. E além de tudo isso, um questionador, brigador, combatedor. Enfim, uma série de predicados a esse lageano da mais elevada estima.
MAS…
Não é porque o tenho como pessoa da mais elevada consideração que deixarei de discordar de alguns posicionamentos dele. Um desses foi para a rede social recentemente. João Cardoso defende candidatos alinhados com Bolsonaro (direito legítimo e respeitável dele). Mas cita explicitamente que o eleitor não deve votar em Carmen Zanotto porque a deputada integra corrente partidária contrária ao atual Presidente da República.
DAÍ QUE…
Trouxemos o assunto à baila para reforçar a crença no trabalho de Carmen Zanotto. Se pudesse não atuar sob o carimbo partidário, ela faria. Ela trabalha. Não atrapalha. Não é daquelas lideranças que fica maquinando no gabinete o que dizer e fazer para combater este ou aquele. Consome o tempo em outras demandas. Sim, Carmen Zanotto tem posição. E nesse sentido exercita a lealdade.
EXEMPLO DISSO
Em âmbito de Estado, embora o Cidadania onde é filiada estar ‘coligada’ com o PSDB (na modalidade de federação), não precisaria explicar uma eventual subida no palanque de Amim, onde os tucanos plantaram um vice. Mas a caminhada de outros tempos colocam a deputada no projeto de Jorginho Mello ao governo. Jorginho, que por partido e convicção, é o candidato de Bolsonaro em Santa Catarina. Logo, João Cardoso é cheio de razão e razões. Mas não tem razão ao combater, por alguma mágoa passada, o projeto de reeleição de Carmen Zanotto. Ela não pede voto a Bolsonaro, mas não o combate. E está com Jorginho, o cara do ‘mito’ em SC.
Carmen Zanotto com a primeira dama Michele e o presidente Bolsonaro, na assinatura de Projeto de Lei que instituiu o piso nacional da enfermagem
CONTEXTO DO TEXTO
É que se a pregação de João Cardoso retirar um único voto de Carmen Zanotto, dependendo do contexto, pode estar causado um estrago sem igual. Na eleição municipal em Lages, 29 votos a mais para ela e 28 a menos para o adversário (Ceron), teria lhe colocado como prefeita. Daí que todo e qualquer voto é válido para eleger ou para deseleger!