Geral

Desenraizando o símbolo da Festa

ESTAMOS VIVENDO A CONTAGEM REGRESSIVA PARA A EDIÇÃO RAÍZES DA FESTA DO PINHÃO. MAS…

Há um movimento otimista no qual a gente se integra de torcida pelo êxito desta edição da Festa do Pinhão. A cidade tem a necessidade da movimentação que o evento gera e, consideradas as circunstâncias atuais, aquilo que está se desenhando é o que será possível fazer.

INCLUSIVE

Talvez, um modelo (esse deste ano) que caia mais no gosto do lageano que aquele que vinha sendo empreendido até então. Logo, é o tempo, a preparação e a entrega dos 17 dias do evento que irão dizer se o caminho é esse ou ‘se éramos felizes e não sabíamos’ dentro do parque Conta Dinheiro.

DAÍ…

Como observamos: não falta torcida pelo êxito porque Lages precisa do evento para girar a economia e repercutir esse clima na autoestima dos paroquianos.

ENTÃO

Considerando que está se concebendo um novo modelo, é preciso inventar, inovar. Isso é inconteste. É preciso entregar um evento que reforce esse pertencismo do lageano à Festa do Pinhão. Entretanto, carece de certas cautelas para não sair do prumo daquilo que se propõe ser a Festa do Pinhão. A pregação da organização é baseada na ideia da edição raízes. Em linhas gerais significa resgatar aquilo de antes, o início, o começo, a essência. E isso é muito bom.

LOGO…

Se me permitem, gostaria de fugir do efeito manada de aplaudir a ideia de colocar uma voz feminina interpretar o jingle da Festa do Pinhão. Pouca coisa em Lages tem uma melodia falando por si que, quando tocada, liga direto a algo. O jingle da Festa representa isso. Mais que o hino do Inter de Lages, mais que a música Pra Cá de Lages dos Filhos do Rio Grande, mais que o abrir de gaita do Leão Baio do Cajuru do Elton Saldanha, quando toca o jingle, todo mundo sabe que é Festa do Pinhão.

ASSIM

É fugir da ideia de edição raízes colocar uma voz feminina no jingle. E isso não é preconceito. Deus me livre de enveredar para isso. Até porque a administração da prefeita Carmen já tem seu Judas para ser malhado – com razão – em relação a tratamento censurável às mulheres.

ENTENDO QUE…

O que a organização poderia ter feito é chamar, de repente, vozes que representam o lageanismo com um Adriano Possai, Kiko Goulart, Éder Goulart, o próprio Kako Martins, Daniel Silva e por aí se vai, para, juntos entoarem no estilo mais gaudério possível a letra concebida pelo saudoso Chico de Assis. Agora, colocar voz feminina, foge da raiz. Isso é fato e sem mimimi. Só esperamos que não surjam versões funk do jingle nesse âmago de trazer novidades disfarçadas como raiz.

Aqui exemplos dos tempos raízes da Festa do Pinhão. Lá na primeira gestão de Raimundo Colombo como prefeito (virada da década de 1980 para 1990) quando o evento se tornou Nacional e, depois com Fernando Coruja, criando a Sapecada da Canção Nativa, a grife do nosso maior evento. E sempre entoando-se o jingle concebido pelo saudoso jornalista Chico de Assis, a partir de provocação (solicitação) da também saudosa jornalista Graziela Mainez.

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