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Estado de greve e aceno inédito

PELA PRIMEIRA VEZ A PREFEITURA SE DISPÕE A ANALISAR A APLICAÇÃO DE UM PISO MÍNIMO AO FUNCIONALISMO

A prefeitura de Lages – assim como a totalidade das outras prefeituras pelo Brasil – paga mal. E a remuneração é baixa desde as escalas iniciais de funções até para os membros do colegiado. Mas reside entre aqueles que executam as atividades mais básicas (porém, igualmente importantes), o maior achatamento remuneratório. É tanto que a cada reajuste do salário mínimo, os que ganham menos têm base inferior à referência mínima nacional.

SOLUÇÃO PARA ISSO

Veio do SindServ – a entidade que representa os servidores gerais da prefeitura – a proposta de um piso mínimo ao funcionalismo. Pediu-se o valor de R$ 1.730,00 de piso. E ao contrário de gestões anteriores, dessa feita, a possibilidade recebeu eco na administração. A prefeita Carmen Zanotto instituiu uma comissão, inclusive com dois integrantes do SindServ, para analisar a hipótese de estabelecer o referido piso mínimo.

SOBRE A COMISSÃO

O grupo terá 90 dias para apresentar estudo, com número de servidores abrangidos, impacto disso na folha e outras informações que nortearão a decisão da prefeita Carmen Zanotto. É o que se tem de mais concreto para atender essa demanda apresentada pelo SindServ. Reafirme-se que nunca antes um prefeito acenou com essa possibilidade de valorização. Partindo de um piso mínimo, reajustado todo ano com base na inflação, acabará essa coisa de servidor ter base inferior ao salário mínimo.

A portaria e os integrantes que irão avaliar a criação do piso mínimo do funcionalismo municipal. Prefeitos como Ceron, Elizeu, Renatinho, Colombo e os demais não aceneram nesse sentido. A comissão avaliará o assunto com resposta no final do mês de junho.

DECISÃO POR ESTADO DE GREVE

Naquela postura correta de levar o assunto para decidir em assembleia, o SindServ chamou os associados. Esses decidiram por decretar estado de greve. Trata-se de um estágio que reforça insatisfação e coloca em pauta a negociação de forma ininterrupta. É o passo que antecede uma greve.

MAS…

Há também um cunho político na posição do SindServ ao distribuir nota informando que, embora a prefeitura alegue falta de dinheiro para atender a proposta de 12% de reposição (foi dado 6,27%), foram alocados mais de 40 cabos eleitorais na equipe da prefeita. Na verdade, são os comissionados. E esses não somam apenas 40, mas mais de 200. E se constitui um contingente para ajudar na gestão.

O CAMINHO É A GREVE

O Estado de Greve coloca o próprio SindServ em um fundo de guampa. Significa que se não houver nenhum avanço em termos de proposta de reajuste, a greve acontecerá. Mas a prefeitura já informou que não dará mais que os 6,27% que foi aprovado na Câmara de Vereadores nesta semana.

Portanto, é só iniciar a greve. Porque não há aceno da prefeitura em alterar essa realidade de proposta, embora não se retire – em hipótese alguma – o direito dos servidores que ganham tão pouco, de terem um acréscimo em seus vencimentos.

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