GOVERNADOR APONTOU QUE É IMPOSSÍVEL ATENDER ALGUNS PLEITOS DO MAGISTÉRIO PORQUE ISSO ‘QUEBRARIA O ESTADO’
A primeira greve do magistério catarinense em tempos de celeridade de notícias nas redes sociais deixou o Governo de Santa Catarina meio atordoado. Tanto que a paralisação parcial iniciou na terça-feira (23) e, apenas no domingo (28), o governador Jorginho gravou conteúdo para contra-argumentar a categoria.
O QUE DISSE O GOVERNADOR?
Jorginho destacou a baixa adesão à greve (seria de 10%), ‘ameaçou’ que haverá desconto de dias parados dos professores que aderiram e informou sobre a imediata contratação temporária de professores substitutos aos grevistas. Também colocou na conta do que ele chamou de ‘sindicatos’ – e na verdade é o Sinte/SC – a razão da medida que considerou extrema (de greve) porque seus secretários estariam desde o ano passado dialogando.
ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS
Governador Jorginho disse que Santa Catarina é o Estado que melhor paga os professores no Sul do Brasil (15% a mais que os paranaenses e o dobro de salário dos gaúchos). Naturalmente que o fato dos vizinhos ganharem pouco não é argumento para não se ganhar melhor. Pontuou conquistas positivas como os 100% de aumento no vale alimentação e garantiu que está ocorrendo a revisão dos 14% do desconto ao Iprev, que afeta especialmente inativos.
CONCURSO DEVEREDA
Ainda foi informado pelo governador catarinense que se realiza até junho o maior concurso para acesso de profissionais ao magistério. Serão 10.000 vagas. Na verdade o concurso não será até junho, mas o lançamento do edital do mesmo em menos de 90 dias (a princípio), algo também positivo, atendendo uma das demandas apresentadas pelos grevistas, através do Sinte/SC.
Governador jogou um balde de água fria na categoria ao dizer textualmente que não é possível atender a demanda de descompactação da folha, medida que permitiria acabar com o achatamento de salários, valorizando aqueles profissionais cuja qualificação agregada (mestrado, doutorado), teriam atualização de vencimentos…
Jorginho Mello citou um valor de R$ 4.600.000,00 que custaria a descompactação e que tal medida ‘quebraria o Estado’ o levando a cometer crime de responsabilidade fiscal. No comunicado à imprensa, informou que o diálogo somente será retomado com o fim da greve.
O QUE FARÃO OS GREVISTAS?
Está na pauta do último dia de abril um movimento de mobilização em Florianópolis. Profissionais da educação de todo o Estado (em greve), deslocar-se-ão à Capital para dar o recado da instisfação e a pressão pelo atendimento das demandas apresentadas, via Sinte/SC.
O Governo do Estado trabalho com o índice de 10% de adesão à paralisação. Pelo informado, na primeira semana houve 30% de adesão na Serra Catarinense e Meio Oeste. E há municípios, como Anita Garibaldi, onde as duas escolas da rede estadual obteve a adesão completa.
Colega Kely Matos do Correio dos Lagos ilustrou a informação do protesto dos professores em Anita Garibaldi – na frente do Fórum – com o registro acima