ANITENSE E LAGEANO, CANTOR, POLÍTICO E DE UM HISTÓRICO ENORME LIGADO À MÚSICA
Sexta-feira cinzenta em Lages testemunha a perda de uma pessoa querida por uma multidão. Trata-se de Pedro Freitas, nascido em Anita Garibaldi, mas com título de Cidadão Lageano. Há um histórico enorme ligado à atuação de Freitas. Foi vereador em Lages e, em 2004, quando Colombo e Coruja protagonizaram a polarização da disputa à prefeitura, ele concorreu também a prefeito. Não chegou a 1000 votos, mas até hoje a gente lembra de sua música de campanha: Pedro Freitas vem aí…
ARTISTA E AMIGO
Era frequente a troca de mensagens com Pedro Freitas que sempre nos acompanhava na Hora da Corneta da Clube FM. Não raras vezes encerrávamos o programa com Wisky sem Gelo ou a regravação que fizera de Cordeirinho de João Amorim. Enfim, era daqueles amigos que a gente construiu ao longo da caminhada. Wisky sem Gelo, por sinal, é a música de um lageano mais regravada por outros artistas e, ainda na Festa do Pinhão deste ano, fez show, inclusive ampliando o repertório e colocando a apresentação no Youtube.
NA LIDA POLÍTICA
Na campanha eleitoral deste ano, Pedro Freitas sofreu todos os perrengues do nervosismo que marcaram a caminhada de Elizeu Matos. Ele era presidente do MDB, partido do qual nunca se afastou. Perdemos Pedro Freitas. A sexta-feira está cinzenta!
Último retrato que temos do cancioneiro em evento na Câmara de Vereadores
Atuou na campanha deste ano com Elizeu Matos presidindo o MDB de Lages
No palco com suas guarânias embalavam o público cativo de músicas como Wisky sem Gelo
Nos estúdios da Hora da Corneta naquela alegria que tanto cultivava nas lidas que liderava em Lages.
…
Se a sorte negou meu direito
De viver com quem amo demais
Sigo em frente à procura do nada
Muitas vezes andando para trás
Se alguém me ver cambaleando
É o retrato da minha paixão
Não importa quando amanhecer
Que eu esteja rolando no chão
Deixe eu beber, deixe eu ficar aqui neste bar
Whisky sem gelo, a noite inteirinha eu quero tomar
Deixe eu beber, deixe eu sofrer
Deixe eu morrer, de que vale a vida
Se este boêmio não tem mais ninguém!