PRESIDENTE DO UNIÃO BRASIL PREGA DISTÂNCIA DO PAÇO NA CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE LIO MARIN A PREFEITO
Porque estamos há dois meses de fechar coligações (e candidaturas) e quatro meses das eleições que vão definir quem sucederá a Antonio Ceron na prefeitura de Lages é natural que se intensifique o noticiário sobre os rumos dos partidos e de seus projetos para a disputa. E nesta última semana de maio chamaram a atenção as palavras do presidente do União Brasil de Lages, ex-vereador Luiz Marin. É sabido que a sigla tem no nome do Procurador de Justiça aposentado, Lio Marin, o propósito de vencer o pleito. Traz na bagagem a experiência de gestão e o fato de ter feito carreira exitosa no Ministério Público de SC.
ESTRATÉGIA DO UNIÃO BRASIL
Pelo que se lê do cenário, a ideia é apresentar Lio Marin como um nome fora do circuito político. Alguém técnico que não se lança a um desafio para trampolim visando outros passos na política. Entretanto, por mais que seja um projeto interessante em termos de nome (e isso é fato), é bem difícil emplacar uma eleição sem amarrações prévias. Há exceções onde nomes não dependem de coligações e ajuda de outros partidos para uma caminhada exitosa, mas isso é absolutamente raro.
E…
Pelo que se visualiza, o União Brasil até quer ter o time de candidatos a vereador de partidos vinculados ao Paço (PSD e PP) no projeto, mas sem o DNA dos gestores que administram a cidade. E nesse sentido, seria preciso dar passos quase cirúrgicos para agregar o time que tem votos no Paço, sem colar no grupo.
ENTÃO…
A estratégia exigiria exteriorizar palavras cautelosas, ponderadas e não chegar estourando a porta e chutando o balde. Entretanto, o presidente do União Brasil, Luiz Marin, num comportamento que ele deve estar seguindo alguma cartilha, optou por ‘abrir os trabalhos’ de manifestação sobre o projeto de eleger o sucessor de Ceron, literalmente dando um chega prá lá nos integrantes do Paço.
CONTEXTO DAS FALAS
Foi durante uma participaçao no Papo Reto, um conteúdo local de internet mantido pelos guapos Iradi Rodrigues e Aldori Wolff (Pelezinho), que Luiz Marin abriu o coração e a caixa de ferramentas. Deu a entender (e a gente crê que pode ser uma estratégia – estranha, mas estratégia) que o projeto de eleger Lio Marin não inclui ter apoio do Paço.
MARIN DIZ ASSIM… “Até outros partidos estão achando que ele (Lio Marin) é o cara, é o nome da vez”.
DE OUTRAS SIGLAS – “Até porque você pode ver que temos (a tendência) que muitos candidatos a vereador acompanhem ele (Lio) sem ser do nosso partido (União Brasil). Porque eles (os pré a vereador) estão enchergando alguma coisa. Então ele está indo muito bem”.
XÔ PAÇO I – “Nós ainda não estamos pensando ainda em coligações. E uma coisa vou te dizer: coligar com o Paço aí é uma coisa muito difícil, acho que não existe isso”.
XÔ PAÇO II – “O que não pode é fazer coligação porque daí você cai numa marca ruim. Daí fica terrível. Então, é uma coisa que a gente não pode aceitar… a cidade inteira você sabe disso, não pode”.
‘COISA FEIA’ – “Não é por partido, as pessoas fizeram lambança. Fizeram lambança. Então, isso é uma coisa muito feia. É uma coisa que nós não aceitamos”.
SEM DESVIO – “…Então, se o Lio (Marin) se eleger, porque a gente nunca sabe. Mas se ele se eleger eu te garanto: Lages vai ter uma administração correta e vai sobrar dinheiro porque desvio não vai ter. Desvio não vai ter”.