DEPOIS DE JAIR JÚNIOR QUE ‘FOI SAÍDO’ DA SEMASA É A VEZ DE MONARIM DEIXAR O LAGESPREVI
Naturalmente são circunstâncias diferentes, mas Dilmar Monarim é o segundo membro do colegiado a deixar a equipe de Carmen Zanotto. Ele não responde mais pelo LagesPrevi. Havíamos apurado ainda no final de março a informação da troca, mas se aguardava que partisse da prefeitura o comunicado oficial. E isso não aconteceu. E como se trata de uma das estruturas de gestão mais importantes da prefeitura na atualidade, reveste de significado a mudança, sem direito a submeter o Instituto a ‘experimentos políticos’ para agradar aliados.
O QUE TIROU MONARIM?
Oficialmente a informação é de que o empresário viu incompatibilidade de horários nas atividades privadas e na função pública. Mas como os negócios que ele mantém exigem mais a sua supervisão, consta ainda a hipótese do recolhimento da Superintendência por insatisfação diante da subordinação imposta do Instituto pela Reforma Administrativa à Secretaria de Administração. A gestão do LagesPrevi teria perdido a autonomia plena tendo supervisão de outra estrutura.
Monarim havia pedido ainda em março à prefeita Carmen Zanotto para deixar a função e ela teria pedido um tempo para a transição.
A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO NO LAGESPREVI
Embora a gestão do Instituto seja acompanhada, supervisionada e auxiliada por um Conselho, é o Superintendente (ou a superintendente) que irá comandar o LagesPrevi na travessia rumo à reforma da previdência. Quem for gestor terá que apresentar – e defender – dados que determinam a necessidade (inclusive previsto na lei) de se proceder à implementação de regras mais rigorosas (em termos de tempo de trabalho e contribuição) aos segurados. Esse passo busca lá na frente, reduzir o desequilíbrio onde a prefeitura está precisando comparecer todo mês com mais de R$ 3.000.000,00 da arrecadação própria para tapar o furo da diferença entre o que se arrecada e se gasta para custear aposentadorias e pensões em um dos fundos que é deficitário.