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A precarização da Celesc na pauta

DEBATE EXTERIORIZA GARGALOS, APESAR DO LUCRO ROBUSTO DA CELESC. PRIVATIZAÇÃO ESTARIA DESCARTADA

Comissão de Economia da Alesc, diretoria da Celesc e dirigentes que representam funcionários da empresa participaram de uma audiência pública. Foi exteriorizado pelos servidores, através de representantes, o que eles chamam de precarização das condições de trabalho na empresa. E que isso seria uma estratégia para entregar a Celesc à iniciativa privada.

“Temos que manter essa empresa que detém o que é essencial para o ser humano, como energia, que ela seja nosso patrimônio, mantido como algo de todos os catarinenses”. Foi o que apontou o deputado Fabiano da Luz (PT) proponente da audiência na Alesc.

FORA DE COGITAÇÃO

O líder do governo na Alesc, deputado Ivan Naatz (PL), e o secretário de Estado da Casa Civil, Kennedy Nunes, garantiram que o governo não discute a privatização da Celesc. “Não há no governo e nunca houve qualquer conversa sobre privatização. Essa hipótese está fora de cogitação”, afirmou Naatz.

“O governador Jorginho defende que a Celesc tem que entregar mais, que o lucro seja reinvestido para os clientes, e isso está se confirmando nos investimentos em rede trifásica, por exemplo”, completou Kennedy.

PREOCUPAÇÃO DOS CELESQUIANOS

Para os representantes dos empregados da Celesc, há uma estratégia para precarizar os serviços prestados, que serviria de justificativa para sua privatização. Eles apontaram excesso de funcionários terceirizados, más condições de trabalho e fizeram críticas à atual direção da companhia. “Somos trabalhadores e estamos sentindo na pele o desmonte da Celesc. Pela primeira vez, o número de terceirizados é superior ao de concursados”, afirmou Mário Jorge Maia, o Marinho, da Intercel.

Marinho informou que há uma defasagem de 487 empregados, sucateamento de frota e falta de diálogo com a atual presidência da companhia. “O governador fala em Celesc pública, mas o presidente indicado por ele está na contramão disso.”

O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa (em primeiro plano acima), enalteceu o trabalho e os investimentos da companhia.

O QUE DISSE ROSA

“A Celesc, pública ou não, precisa ter lucro”, disse o presidente. “E parte desse lucro volta para investimentos na própria empresa, para o Estado, para os sócios e também para os trabalhadores, que terão direito a até R$ 54 milhões referentes ao lucro do ano passado”. Rosa afirmou que a diretoria recentemente autorizou a contratação de mais 63 empregados próprios. “Uma empresa tem que ter cuidado com seus empregados e apresentar resultado para a sociedade e para os acionistas. Tem que ser lucrativa também e crescer. Empresa que não cresce desaparece.”

A faixa erguida pelos servidores remete ao presidente Tarcísio Rosa o caos no atendimento gerado pelo novo sistema implantado que completará um ano em maio, e que continua gerando problemas como não leitura de código de barras em faturas e, principalmente, não entrega de contas mensalmente, chegando tudo acumulado depois de quatro, seis, oito meses de atraso.




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