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Ainda o ‘Vale Tudo’ da Câmara

VALOR DO BENEFÍCIO A SER USUFRUÍDO PELOS FUTUROS VEREADORES SERÁ FIXADO PELO PRESIDENTE FREITINHAS

“Aprovem que eu mato no peito e estabeleço o valor para o ano que vem”.

A frase é atribuída ao vereador Freitinhas que, na condição de presidente da Câmara até o último dia deste ano, deve fixar o valor (por resolução administrativa) de quanto ele e cada um dos colegas que tomarem posse em 1º de janeiro, irão receber a título de Vale Alimentação.

ENTENDA

É que o projeto de lei que foi articulado e assinado por Freitinhas, Heron Souza, José Osni e Robertinho Mário, tramitando a toque de caixa, inclusive às portas fechadas nas comissões (a imprensa tentou acessar a reunião e foi impedida), não fixa valor. Apenas institui o Vale Tudo. A atitude de trancar o acesso à discussão, afasta, por sinal, um dos pressupostos dos atos públicos, a publicidade.

COMO SERÁ FIXADO?

A lei que tramitou em segredo (sem acesso da imprensa) fala em paridade com os servidores da Casa que recebem R$ 957,00 mensais (valor justo para os servidores). E ao estabelecer o quantum do benefício, Freitinhas vai partir desses R$ 957,00 visto que não pode ser menor (porque reduziria dos servidores e isso não pode). Mas nada impede que Freitinhas eleve esse valor e, ao aumentar, estenda aos 70 servidores em nome da parida.

DISSE O PRESIDENTE

“Não haverá aumento”. Foi o que nos enviou em mensagem o presidente Freitinhas. Se é isso, o Lages Contra a Fome aos vereadores, será fixado nesse patamar de R$ 957,00 com a devida correção pelo IPCA na virada do ano, beirando os R$ 1.000,00 mensais.

Caberá a Freitinhas, o presidente, assinar resolução atribuindo o valor de R$ 957,00 mensais (ou mais) para cada um daqueles que assumirem com ele em janeiro.

POR QUE FREITINHAS?

O atual presidente fixará o valor neste mês porque teme que, o futuro presidente não o faça, por ser do mesmo a iniciativa. E daí toda a costura de bastidores e as críticas que está se recebendo, teria sido em vão.

SURPRESA DOS ELEITOS

“Lages é a única cidade que você conquista emprego e ganha aumento antes de começar a trabalhar”.

A declaração é atribuída a um dos cinco novos vereadores que assumem em janeiro, ao receber a notícia de que terá pelo menos R$ 957,00 a mais (em dinheiro) na folha, a titulo de Vale Alimentação. O valor que, por sinal, não incide desconto de INSS e nem Imposto de Renda ao contrário dos outros R$ 11.230,55 que terá tal incidência.

VOTARAM CONTRA O VALE

Registre-se a postura contrária à farra do vale do futuro vice-prefeito, Jair Júnior, além das duas vereadoras do Cidadania: Suzana Duarte e Elaine de Moraes. Leandro do Amendoim, Gerson dos Santos e Agnelo Miranda também não chancelaram a criação do vale alimentação. Estranho foi Heron Souza, Jean Pierre e Jean Felipe, que não serão vereadores (os dois últimos barrados nas urnas), terem votado a favor da medida.

Quarteto do vale: José Osni, Jean Felipe e Heron votaram pela criação do vale alimentação aos vereadores. Dois deles nem continuarão na Câmara. E Freitinhas é apontado como o mentor intelectual do projeto para agregar maior ganho ao mandato, cabendo a ele assinar a resolução (provavelmente antes do Natal) fixando os valores que receberão a título de vale alimentação.

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