DECISÃO DA CCJ DA CÂMARA DE LAGES SEPULTANDO OS 46,92% DE REAJUSTE IRRITOU MEMBROS DA MESA DIRETORA
A principal comissão da Câmara de Vereadores de Lages – a CCJ – tratou de corrigir os pés pelas mãos (para não usar um termo chulo) protagonizado pela Mesa Diretora do legislativo que apresentou projeto de lei aumentando em 46,92% os subsídios para a próxima legislatura. Os integrantes, seguindo o parecer do presidente da CCJ, Agnelo Miranda (PSD), votaram pelo arquivamento, tirando de cena o ‘risco’ dos futuros vereadores triplicarem no mês de dezembro os atuais vencimentos que são na ordem de R$ 11.230,55. E ainda terem o acréscimo pecuniário os quase 47% nos vencimentos.
O presidente da CCJ, Agnelo Miranda e os demais membros da Comissão que, juntos decidiram pelo arquivamento do projeto. Solução construída em conjunto pela CCJ para corrigir o que fizeram os membros da Mesa Diretora, exceto o vereador Heron Souza, que foi contra desde o princípio.
ENCRENCA PÓS-ARQUIVAMENTO
Encerrado o trabalho da CCJ com o sepultamento do projeto, o presidente da comissão, Agnelo Miranda, foi chamado pelos membros da Mesa Diretora. O relato foi presenciado e narrado por uma testemunha. Indagamos ao vereador Agnelo sobre o assunto, mas ele não quis fazer juízo de valor sobre o ocorrido, para não acirrar ânimos com colegas, inclusive de partido, como é o caso de Gerson dos Santos (PSD).
GRITOS, SOCOS…
Agnelo Miranda apenas que tenha ocorrido a alteração de ânimos, gritos, socos na mesa e até palavras de baixo calão. “Se te relataram, de fato foi isso que aconteceu, mas foi o calor da chateação. Não queremos desagregar por causa da irritação de momento”, aponta com cautela o presidente da CCJ até para evitar expor a deselegância e grosseria que foi alvo.
O QUE TERIA OCORRIDO?
A intenção dos membros da Mesa Diretora, liderada pelo presidente Freitinhas e Gerson dos Santos (mais José Osni e Robertinho), era no sentido de emendar o projeto de lei que fixava os 46,92% de reajuste. O propósito era estabelecer um percentual diferente, provavelmente menos. Mas levar a matéria à votação. Com o arquivamento pela CCJ, essa manobra restou frustrada.
BATEDOR DE MESA
O autor da batida forte na mesa de reunião, com testemunhas que até se assustaram com o barulho, foi do vereador Gerson. Ele teria dirigido ainda a Agnelo Miranda palavras deselegantes, grosseiras, diante do arquivamento do projeto de lei. “Arquivamos baseado em um parecer que eu já tinha antecipado que aponta a inconstitucionalidade em relação aquilo que a Mesa queria fazer. E arquivando acabamos resolvendo o assunto, sem deixar o desgaste persistir por mais uma ou duas semanas”, limita-se a apontar em tom conciliador o presidente da CCJ.
A PROSA ABAIXO É FICTÍCIA
– Daí, eles gritaram comigo, Joinha. Foi tenso. E eu não entendi o que eles queriam porque eu corrigi com os membros da CCJ o desastre que eles fizeram!
– Sim, Agnelo. Quando soube que tinha muito grito da Mesa Diretora hoje, até trouxe um aparelho para tapar os ouvidos!