ENTIDADE FAZ ESTUDO TÉCNICO SOBRE A REPACTUAÇÃO DO CONTRATO DE DUPLICAÇÃO DA BR-101 E DA BR-116
A principal entidade empresarial catarinense escalou um especialista para avaliar o contrato de repactuação (prolongamento) da concessão das rodovias BR-101 e 116. O assunto interessa à Serra Catarinense porque essa segunda rodovia federal tem um histórico de demandas especialmente no trecho urbano de Lages. A Fiesc informa que:
“É favorável à repactuação e extensão do prazo de concessão da BR-101 Norte dentro do modelo sugerido pelo Ministério dos Transportes. Mas pondera que o estudo técnico encomendado avaliou que as obras e investimentos propostos são insuficientes para garantir a segurança dos usuários e um nível de serviço adequado ao longo do período estendido de concessão’.
POSIÇÃO DA FIESC
A partir desse posicionamento favorável à renovaçãodo contrato por ser ‘a melhor solução para Santa Catarina’, o presidente da Fiesc, Mario de Aguiar observa que “precisamos incorporar nela medidas para elevar a segurança e a melhora nos níveis de serviço da rodovia”. No caso da BR-101 Norte (a partir de Paulo Lopes em direção a Joinville) a previsão é de prorrogação do contrato até o ano de 2048.
Presidente Mario de Aguiar (Fiesc) apresentando dados sobre o estudo relacionado à prorrogação da concessão das rodovias BR-101 (norte de SC) e BR-116 (todo o trecho catarinense)
SOBRE A BR-116
A Fiesc não apresenta detalhes indivualizados sobre o estudo em relação à BR-116. Mas aponta seis indicativos que deveriam ser considerados na renovação do contrato tanto para a rodovia que corta Lages quanto a BR-101. São eles:
– Pedágio por km rodado: Avaliar impactos na receita da rodovia da adoção do free flow para incorporar mais obras na proposta de repactuação da BR-101 e BR-116, em ordem de prioridade.
– Pedágio variável: Nesta alternativa, a tarifa base sofre um acréscimo durante os horários de pico, enquanto é reduzida nos horários de subutilização da rodovia.
– Inovação e conectividade: Implantar sistemas de inteligência de tráfego e garantir conectividade para aumentar a segurança da rodovia. A conectividade permite agilidade na comunicação em caso de emergência.
– Paramédica motocicleta: Adotar o atendimento por meio de motolâncias nas ocorrências de acidentes, melhorando a assistência aos usuários e diminuindo o tempo de congestionamento.
– Preservação de áreas de domínio: Aumentar a fiscalização e elaborar Plano Diretor visando a conservação das áreas lindeiras, a fim de inibir ocupações indesejáveis.
– Bloqueador de visão de acidente: Adotar o bloqueador de visão para acidentes para evitar redução no fluxo de tráfego causado por curiosos. Em situações de acidentes de trânsito em rodovias, o fluxo é comprometido não somente pelo distúrbio direto causado pelo acidente, mas também pela curiosidade dos motoristas, que reduzem a velocidade para acompanhar a ocorrência.
SILÊNCIO SOBRE OBRAS NECESSÁRIAS
Pelo menos no conjunto de informações que a área de comunicação da Fiesc fornecedeu sobre o estudo técnico, não há nada relacionado às obras necessárias em locais como a área urbana de Lages, cortada pela BR-116. No caso das vias marginais, duplicação e retorno em desnível, há um entendimento de dirigentes de entidades como a Acil, de que o cronograma é muito moroso. A ideia seria tentar acelerar essas obras (no cronograma) com previsão no novo contrato. A diretoria da Acil deverá acessar esse estudo da Fiesc e se manifestar a respeito.
No cronograma apresentado à ANTT, por exemplo, a Autopistas prevê que os chamados retornos em desníveis (aquelas passagens por baixo do eixo principal da rodovia) tem previsão de implantação entre 2032 e 2038. Ou seja, ficaria pronto daqui 14 anos. E como esses cronogramas sofrem atrasos…