NÃO É GARANTIDO ISSO. MAS A EMPRESA AZUL IRÁ AVALIAR A MANUTENÇÃO DA LINHA CORREIA PINTO(SC) A CAMPINAS (SP).
70% do custo operacional de uma companhia aérea é baseado no dólar. Daí se a moeda americana dispara, a conta aumenta. Somado a esse fator, há dificuldades da empresa Azul Linhas Aéreas em relação a quantitativo de aeronaves e manutenção das mesmas. Tudo isso contribuiu para que em 14 cidades brasileiras fosse revista a operação da empresa.
E Correia Pinto, que atende a Serra Catarinense, entrou na lista. Não se trata de voo deficitário (ocupação se mantém na faixa de 65% a 75%). A questão é logística da própria Azul.
PEDIDO DE REVISÃO
Embora a pressão tenha ocorrido em outras partes do País também, pelo anúncio das desativações de voos a partir de 10 de março, na Serra Catarinense a mobilização colocou até o governador Jorginho Mello no circuito. Antes de se deslocar a São Joaquim para agenda administrativa, ele fez uma reunião por videoconferência direto da Casa D’Agronômica. Um dos gestores da Azul, César Grandolfo, reforçou os argumentos da razão da desativação de voos, mas se comprometeu a analisar a hipótese de rever a situação da Serra Catarinense.
No ambiente da Casa D’Agronômica o governador Jorginho dialogou com César Grandolfo (por vídeo) da Azul e a conversa foi acompanhada pela prefeita Carmen Zanotto e dirigentes da Acil
ALÉM DA SERRA CATARINENSE
A medida de desativação de linhas aéreas pela Azul, a partir de 10 de março, abrange, além de Correia Pinto, voos operados em algumas cidades de quatro Estados do Nordeste (Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Ceará). Em Santa Catarina, a linha que é alvo dessa medida é a que liga a Serra Catarinense a Campinas. No Estado, a empresa manterá as operações normais em Navegantes, Chapecó, Florianópolis, Joinville e Jaguaruna.
E…
Apesar da ocupação ser apenas um dos fatores que levou a Azul a incluir a rota operada na Serra entre aquelas a serem desativadas dentro de 60 dias, caso o voo a partir de Correia Pinto tenha adesão superior a 90% em média, neste janeiro e fevereiro, isso pode ajudar (pelo menos por enquanto) a fazer com que a medida seja revista. Ou seja, não basta pressão política. É preciso resposta econômica que é o fator principal que norteia a decisão da empresa.
A Acil apresenta o banner acima defendendo a manutenção do voo em Correia Pinto. A entidade poderia também chamar mais usuários, entre aqueles do setor produtivo para que, utilizando o voo, isso contribua para a Azul ‘tirar da cabeça’ a ideia de tirar o voo da Serra Catarinense.