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Bocaina: Dia da Justiça Restaurativa

É O PRIMEIRO MUNICÍPIO NA SERRA CATARINENSE A ADERIR À PRÁTICA QUE VISA INCLUSIVE UMA ATUAÇÃO JUDICIÁRIA DIFERENCIADA

Um Poder Judiciário mais social, integrado às práticas que visam cultuar um ambiente de tranquilidade, harmonia, a paz em si na comunidade. Essa é uma vertente da Justiça Restaurativa que tem no Juiz Alexandre Takashima, que atua numa das Varas Criminais da Comarca de Lages, um entusiasta. E o município de Bocaina do Sul, distante 30 km de Lages, abraçou a ideia e tem executado, a partir do Núcleo de Justiça Restaurativa da Comarca de Lages, ações que evidenciam a metodologia.

DIA DA JUSTIÇA RESTAURATIVA

Nesse sentido, a partir de projeto aprovado na Câmara de Vereadores, Bocaina do Sul instituiu o 25 de outubro como Dia Municipal da Paz e d Justiça Restaurativa.

O projeto foi aprovado exatamente no dia 25, sexta-feira. “É mais um passo dado na busca pela construção de uma cultura de paz na pequena cidade (…) Esse novo dia comemorativo, de acordo com a casa legislativa, visa promover a paz e a prática da Justiça Restaurativa no município ao fomentar valores essenciais para a comunidade.

PARTICIPAÇÃO DE ESTUDANTES

Os alunos da Escola Campos Sales acompanharam a discussão e aprovação do projeto, refletindo, para os legisladores, o compromisso do município em envolver e educar as novas gerações sobre a importância desses temas. “Promover a paz é um dever de todos nós. É algo que precisa ser falado e trabalhado para garantia dos nossos direitos como mulheres, homens e crianças”, cita a vereadora Meliana Góss Schilichting, que teve a mãe, a Marta Góss, que foi prefeita em Bocaina do Sul, assassinada há uma década, no dia 25 de outubro.

Para o juiz Alexandre Takaschima, coordenador do Núcleo de Justiça Restaurativa, falar e discutir sobre paz não está apenas relacionado aos crimes ou relações entre as pessoas. “É preciso pensar em uma ideia de paz ainda maior, nas relações entre os seres humanos, com o meio ambiente e todos os seres vivos de forma mais respeitosa. É possível, como coletivo, comunidade e indivíduo, pensar de maneira diferente e como cada um pode contribuir para que o lugar onde vive seja mais pacífico”, destacou o magistrado, ao afirmar que os conflitos sempre existirão, mas só se transformarão por meio do diálogo. Nesse ponto, frisa que a Justiça Restaurativa oferece espaços seguros de diálogo e conexão.

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