GRANIZO CAUSOU PERDAS NOS POMARES EM SÃO JOAQUIM. MAS HÁ EXAGERO NOS DADOS
“Com R$ 15 milhões de prejuízos provocados pelo forte temporal que atingiu a Serra Catarinense, os fruticultores, em especial os cerca de dois mil pequenos produtores de maçã, de São Joaquim, na Serra Catarinense, pedem socorro”.
Quem lê esse conteúdo acima compartilhado pelo deputado Lucas Neves (Podemos) e que constou de sua manifestação no parlamento catarinense tem impressão que o granizo levou o caos aos fruticultores joaquinenses. Entretanto, houve perdas, preocupação, mas não na abrangência propagada.
FATO E PREGAÇÃO
“Em especial os cerca de dois mil pequenos produtores de maçã”. É o que apontou o deputado sobre a abrangência dos prejuízos. Entretanto, os dados oficiais apontam que São Joaquim possui 2.104 unidades produtoras. E o granizo, embora lamentável e bastante prejudicial, afetou a área do município mais próxima ao Rio Pelotas, em estimativa de propriedades que seria temerário apontar, cabendo aos técnicos fazerem um levantamento mais exato.
MAIS DISCURSO
“O temporal de granizo que atingiu a Serra deixou um rastro de destruição, de dor e lamento”, noticiou o deputado Lucas Neves. Porém, essa exteriorização faz com que o próprio mercado olhe com desconfiança da fruta produzida em São Joaquim, pela impressão da abrangência da tempestade. Porém, pelo menos 75% da safra já havia sido colhida (a variedade Gala deixou os pomares em sua totalidade e em abril se processa a colheita da Fuji).
DAÍ QUE…
É importante e necessário que o setor frutícola tenha voz no parlamento e que haja uma cruzada por políticas de incentivo à produção. Lucas Neves sugeriu até a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Maçã, com o objetivo de ampliar as linhas de crédito para a cobertura dos pomares de maçã e incentivar os pequenos produtores para a implementação de novas tecnologias, como é o caso da instalação do canhão anti-granizo. Mas não é exteriorizando um caos diante de uma tempestade de granizo que atingiu parcialmente o município que se dará um passo nesse sentido.
Até em situações como essa registrada pelo jornalista Wagner Urbano, percebe-se que o uso de redes de proteção impediu perdas maiores, com o granizo caindo entre uma fileira e outra. Há perdas e a preocupação exteriorizada pela AMAP é pertinente, mas não se pode apontar que a tempestade atingiu a safra de forma robusta e ampla, até para não repercutir na redução do preço. Isso sim prejudica o fruticultor. Ou seja, toda a ajuda é bem-vinda, mas com as cautelas que o caso requer.
Discordo da sua matéria os prejuízos foram imensos só quem sente na pele sabe o tamanho do problema….e nao foi só o granizo teve mais contratempos acho q o prejuízo é muito maior do que estao falando aí..