Geral

Granizo: Contraponto da AMAP

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES DE MAÇÃ APONTA QUE A SITUAÇÃO É COMPLICADA

“Discordo da sua matéria. Os prejuízos foram imensos. Só quem sente na pele, sabe o tamanho do problema. E nao foi só o granizo. Teve mais contratempos.* Acho que o prejuízo é muito maior do que estão falando aí”. Mensagem do Gabriel Corrêa Nunes a respeito das perdas causadas pelo granizo em São Joaquim.

E…

Guaraci Contessi Mello também escreve e cita que, não acreditar nos dados (2 mil propriedades afetadas) e desacreditar na Epagri que fez o levantamento. Da mesma forma, o próprio deputado Lucas Neves observa que sua manifestação na Alesc se baseou nos dados apontados pela AMAP.

CONTRAPONTO IMPORTANTE

Porque, em tese, estamos do mesmo lado, tentando exteriorizar as perdas (também pelo granizo) e, no nosso caso tentar não deixar que a intempérie afete a boa referência da maçã joaquinense, trocamos mensagens com Sheila Zanete. Ela preside a AMAP – Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina. Ela admite que talvez 2.000 propriedades afetadas seja um número superestimado. Entretanto, as perdas são enormes. “Não apenas na safra deste ano, com as frutas danificadas pelo granizo, mas nas próprias plantas que apresentarão queda de produtividade em safras futuras”.

APELO AO GOVERNO

Segundo Scheila Zanete, é fundamental exteriorizar essa realidade das perdas, prejuízos e problemas enfrentados pelos fruticultores para que haja sensibilidade tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal para que tais estrututras acenem com crédito agrícola diferenciado “e até algum outro tipo de apoio” aos produtores de maçã. A presidente da AMAP observa que há casos onde o granizo afetou em tamanha proporção os pomares que os donos desses terão muita dificuldade de recompor os investimentos, caso não haja algum tipo de política pública para ajudar. “É por causa de realidades assim que precisamos da ajuda governamental para o setor”, confirma Sheila Zanete.

Wagner Urbano fez os registros da maçã ‘no gelo’ depois do granizo que afetou pomares em São Joaquim

*Sobre o ‘mais contratempos’ que Gabriel Nunes se refere, houve queda de produção especialmente da variedade Fuji (colhida mais tarde) por causa das temperaturas elevadas de fevereiro e meados de março. Há casos de pomares que, embora tenham colhido antes do granizo, registraram perdas de até 50% na fruta da melhor categoria (CAT 01).

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