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Festa do Pinhão: A ausência das BIG

O QUE EXPLICARIA O FATO DE EMPRESAS COMO AME, GABY E GDO NÃO SE APRESENTAREM PARA TOCAR A FESTA DO PINHÃO

Segue o exercício de tentar chegar até uma empresa que tenha estatura suficiente para tocar uma festa do tamanho da maior de Lages. A primeira e a segunda que apresentaram propostas no Pregão Eletrônico foram inabilitadas por questões legais e há a investigação do conteúdo da proposta da terceira colocada para se tentar chegar até uma que atenda os requisitos do edital. Talvez se encontre. Talvez necessário um novo certame licitatório. Talvez…

E AS BIG (AS GRANDES)?

É a grande dúvida paroquiana sobre a razão das três maiores que já tocaram o evento nesses 10 anos do modelo terceirizado não terem se habilitado. A resposta residiria no formado implementado pela Prefeitura de Lages. É muito encargo e bastante risco. Das 500 credenciais que precisam ser entregues aos prefeituristas ao valor de R$ 450 mil a ser caseado nos cofres da prefeitura e até uma postura combativa do próprio lageano ao evento, tudo somado gera insegurança e receio de ‘assumir a bronca’.

MAS TEM MAIS…

Remete ao ano de 2019 quando ocorreu uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Lages. A um amigo em comum, o empresário Lauri Schoenher teria relatado que nunca havia se sentido tão humilhado em um ambiente público por uma situação que não dera causa. Ele se referia à postura do então vereador e agora vice-prefeito Jair Júnior. Tanto ele quanto Beto Ody só não foram chamados de ladrões na Câmara (talvez tenham sido). O clima criado levou até a sugerirem que os empresários deixassem o legislativo pelas portas dos fundos, o que eles não concordaram. Ouvimos o relato:

“A opção de bandidalizar o empreendedor, com o objetivo único de chamar a atenção e aplausos, gerou esse desinteresse com aqueles que, de fato, podem fazer uma Festa do Pinhão grande. E aquele que ajudou a causar esse estrago, agora é vice-prefeito. A menos que o modelo mude e dê mais segurança, Lages não deve ter grandes empresas interessadas em assumir um evento de risco, como esse”.

Os empresários Lauri (GDO) e Beto Ody (Gaby) na audiência pública da Câmara de Vereadores nos idos da primeira gestão de Ceron, época que Lucas Neves era vereador e que teria ajudado a ‘malhar’ os empreendedores como se fossem os vilões da Festa do Pinhão…

A vilanização aos que tocavam a Festa do Pinhão foi liderada por Jair Júnior que, por ironia do destino, agora é vice-prefeito de Lages

LEMBRANDO QUE…

A Festa do Pinhão foi terceirizada em 2014 quando a Gaby Produções venceu a licitação e tocou o evento por 5 anos consecutivos (a licitação prevê esse prazo). O modelo de retirar o poder público da contratação e deixar que a iniciativa privada assuma, toque e corra os riscos, foi a forma encontrada para acabar com o ‘prejuízo’ que a Festa sempre deu.

Essa planilha que temos em arquivo apresenta um comparativo entre a gestão de Renatinho e Elizeu Matos, quando a festa era tocada pela prefeitura e, depois, pela iniciativa privada. Os valores se referem aos aportes da prefeitura que passou a custear apenas as despesas do concurso da Rainha e Princesas, Recanto do Pinhão e Sapecada da Canção. Não temos os dados a partir de 2017, mas os números acima evidenciam ser inconteste que o caminho para o evento é estar nas mãos da iniciativa privada e a prefeitura fora da organização!

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