EMPRESA RUMO LOGÍSTICA DEMITIU FUNCIONÁRIOS E ÚLTIMA CARGA DE COMBUSTÍVEL É NESTA SEMANA
O seguidor e ouvinte da Rádio Clube FM, Maurício Wolff, compartilhou conosco na noite de quinta-feira, 10, a lamentável notícia. Nesta semana a empresa Rumo Logística, que detém a concessão do ramal ferroviário do Tronco Sul – a partir de Rio Negro em direção a Lages e Rio Grande do Sul – desativou suas operações. Uma última carga de combustíveis deve chegar ao terminal da Idaza nesta semana. Depois, só por caminhões. A Rumo já vinha operando de forma ‘mais discreta’ desde meados do ano passado.
O QUE ACONTECEU?
As fortes chuvas de maio do ano passado causaram estragos de todo gênero na infraestrutura ferroviária que engloba o Tronco Sul. A recuperação demandará (em sendo providenciada) recursos robustos. Mas a Rumo Logística avaliou, através de seu grupo de gestão, percebendo não haver vantagem em restabelecer a regularidade do transporte em todo o trajeto do referido Tronco. A solução foi desativar a logística.
Não é o caso desse túnel em registro fotográfico aéreo que nós mesmo fizemos, mas há casos de trechos do chamado Tronco Sul onde a passagem de trens está comprometida desde as chuvas de maio de 2024. Diante de tal situação, a Rumo Logística – que opera em vários Estados brasileiros – optou pela desativação do transporte ferroviário, na travessia por Lages.
COMUNICAÇÃO COM A RUMO
Fizemos contato com a área de comunicação da Rumo Logística sobre o assunto, no aguardo de alguma informação ou posicionamento a respeito. Entidades como a Acil e a própria prefeitura de Lages, pelo jeito, desconheciam que haveria essa desativação do serviço de transporte ferroviário visto que nada foi exteriorizado na história recente envolvendo expediente de tais entes.
ENQUANTO ISSO EM SC…
Enquanto alguns param os trens, outros tentam colocá-los nos trilhos. O projeto para uma ferrovia desde Itajaí até Chapecó, passando pela Serra Catarinense, na altura de Ponte Alta, segue sendo prospectado. Santa Catarina está de olho em investidores chineses para essa empreitada.
A ferrovia de Lages já foi muito movimentada.
Até meados de 2013 tempo da antiga ALL logística tínhamos inúmeros trens diários circulando com várias cargas diversas, sendo tanques de combustíveis (gasolina, álcool, diesel)
cliquer, cimento, soja, milho, arroz, bobinas de ferro e de papel, peças industriais container, madeira mdf, compensados, ferro gusa, nitrogênio/oxigênio.
Tenho registro de tudo isso aqui em Lages, que desde a existência da ferrovia tronco sul, nunca houve de parar a circulação.
Realmente lamentável.
A mais de 1 ano que existe um grupo de trabalho no RS cobrando a concessionária e o governo federal para que realize algum trabalho de recuperação no trecho, o problema é que a concessão se encerra em 2027 e a recuperação, ao menos ao que foi levantado até o momento, necessitaria de recursos na casa de 1 Bilhão o que é muito dinheiro e claro não é de interesse da concessionária. Era uma questão de tempo que o trecho até Lages também fosse abandonado, uma vez que após os problemas no restante do trecho tinha movimentação ínfima. É preocupante mais essa perda para a região, mas é muito provável que jamais voltaremos a ver trens novamente operando por aqui e ainda mais preocupante que nenhuma autoridade de nossa região estivesse ciente dessa situação, pois já é de conhecimento de muitos entusiastas como eu e inclusive no seu Blog eu já havia lido a respeito da situação no ano passado. Triste, preocupante e desanimador uma nossa região como a nossa serra a cada dia que passa ao invés de crescer definha cada vez mais, onde vamos parar assim é meu questionamento…
Meu falecido pai Juvenil Melim, trabalhou de 71 a 81, na Estação no localidade de Escurinho, saindo de Lages em direção a Vacaria. É inadmissivel que tal fato ainda ocorra nos dias atuais