SETOR DEVE CRESCER ACIMA DA MÉDIA DA INDÚSTRIA EM SC. EXPORTÃO É UMA DAS RAZÕES
Um estudo da Fiesc anima empreendedores que atuam no setor madeireiro em SC. “O segmento de madeira deverá crescer 5,44% (…). O desempenho é bem superior ao esperado para o crescimento da indústria geral no Estado, estimado em 1,74% para o período”. É o que aponta documento oficial da própria entidade, norteando otimismo ao setor neste ano de 2025.
REFERÊNCIA PARA OS 5,44%
Para o economista-chefe da Fiesc, Pablo Bittencourt, o crescimento dos mercados de exportação, aliado à resiliência da construção civil no Brasil, sustenta a projeção de alta. “O principal desafio será a desaceleração da demanda interna por móveis, enquanto, no mercado externo, as mudanças tarifárias dos EUA podem criar novas oportunidades, com os mercados emergentes expandindo seu potencial de consumo e abrindo novas fronteiras para o setor em Santa Catarina”, afirma Bittencourt.
LADO BOM DAS ‘LOUCURAS’ DE TRUMP
As tarifas de reciprocidade anunciadas pelo governo norte-americano podem abrir novas frentes comerciais para os produtores catarinenses no mercado dos EUA. Isso porque, mesmo que o Brasil enfrente reciprocidade, as exportações de SC permanecerão competitivas, com tarifas médias abaixo das praticadas por grandes concorrentes. De acordo com o vice-presidente da Fiesc, Arnaldo Huebl, taxas menores do que as aplicadas à China são decisivas à abertura de novos mercados aos catarinenses.
SOBRE 0 DESEMPENHO DE 2024
O estudo da Federação aponta ainda que, em 2024, a produção madeireira de Santa Catarina teve um crescimento de 9,22%, acima da média nacional, de 8,46%. No ano passado, o impulso veio das exportações, que avançaram 17%, ampliando a presença do setor no mercado externo. A média de crescimento das vendas externas do ramo no Brasil foi de 14,7% em 2024.
SOBRE O MERCADO BRASILEIRO
No cenário doméstico, dois fatores contribuíram para o resultado, segundo o economista: juros menores e o alto nível de consumo das famílias, que cresceu 7%. “A construção civil, que foi responsável por cerca de 17% da demanda nacional por produtos de madeira, foi beneficiada por essas duas variáveis, que também contribuíram para elevar a demanda nacional por móveis”.
Regiões catarinenses de municípios como Rio Negrinho, São Bento do Sul e Caçador têm resultados mais expressivos nas exportações devido à agregação de valor à madeira, especialmente para a produção de móveis. Isso diferente de regiões como da Serra Catarinense onde a madeira in natura (toras) é levada para outras partes do Estado para ser manufaturada e, depois, exportada.
Com informações da Fiesc