APROVAÇÃO DE CONTAS DE CERON EVIDENCIA QUE HOUVE TROCA DE PARTIDO, MAS NÃO MUDOU O APOIO À ADMINISTRAÇÃO
Nem que seja um único gesto. E esse gesto foi praticado na noite da segunda-feira, 08, quando foi para a pauta exclusivamente a apreciação das contas relativas ao ano de 2022 da atual administração pública municipal de Lages. Foi o ano em que o Gaeco executou a investigação que culminou com as ramificações, inclusive em Lages, da operação mensageiro. E se o próprio prefeito foi colocado na teia da narrativa, sendo denunciado e processado, a sua gestão ‘passou de ano’. E passou inclusive com votos de vereadores que migraram para partidos em tese não alinhados ao Paço.
OS VOTOS CONTRÁRIOS
Jair Júnior, o cérebro da oposição, liderou o voto contra a aprovação das contas. Argumentou inclusive que o MPC – Ministério Público de Contas emitiu parecer pela rejeição. Com ele vieram as vereadores Suzana e Elaine que, por serem aliadas de Carmen Zanotto, mantêm a votação contra a gestão atual. Na mesma toada se posicionaram contrários Leandro Nascimento (PL) e Eder dos Santos, que herdou a vaga do saudoso Bruno Hartmann na Câmara. E só isso. Os demais optaram pelo comportamento manada, seguindo a mesma direção favorável ao Paço.
SIM DO PRESIDENTE
Até Freitinhas, que preside o legislativo, foi para a lista dos votantes no Paço, embora o MDB pretenda ser oposição ao atual grupo na disputa eleitoral deste ano. Jair Júnior liderou a contrariedade à aprovação das contas de 2022. Abaixo a prosa que não houve:
– Vai votar favorável por convicção ou ocupação, presidente?
– Claro que vou votar por preocupação, Jair. Por que mais seria?
FAVORÁVEIS SURPRESA
Do PP e PSD é natural se esperar que votem favoráveis ao Paço na linha do prefeito determinar para pular e eles só perguntarem a altura do pulo. O que surpreendeu (mas não muito) é que vereadores que se alinharam a partidos que devem estar contra o Paço, votarem favoráveis às contas. Caso de Heron Souza (agora no PRD) e também os republicanos Gabriel Córdova e José Osni. Esses dois, inclusive, integram um partido que é puxadinho do Podemos de Lucas Neves, que acena como candidato a prefeito, oposição ao Paço. Mas na hora de avaliar as contas do atual gestor estão todos juntos, misturados e concordantes.
Gabriel e José Osni, integrando sigla alinhada a Lucas Neves, mas na Câmara votando com a base de Ceron.