EPISÓDIO SE REFERE A UMA CRIANÇA QUE TERIA APRESENTADA SINAIS DE ESTAR VIVA DURANTE VELÓRIO
Assunto mais comentado não apenas na Serra Catarinense, mas em todo Estado, refere-se a um episódio que motivou providências incusive do Ministério Público. A informação tornadapública aponta que:
“O hospital do município (Faustino Riscarolli) atestou a morte de uma bebê de oito meses e liberou o corpo para o velório. Mas na cerimônia fúnebre, familiares teriam notado que a temperatura corporal da criança se mantinha e que não havia rigidez no corpo, além de terem tido a sensação de que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão”.
A PARTIR DISSO…
Um farmacêutico, mais um integrante do Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros foram chamados, e teriam constatado, por meio de oxímetro infantil e estetoscópio, que a criança apresentava saturação e batimentos cardíacos fracos. Também se visualizou pupilas contraídas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do corpo. “A bebê foi levada novamente pelos bombeiros ao hospital, onde foi realizado um eletrocardiograma, e a direção declarou, mais uma vez, que não foram constatados batimentos cardíacos, confirmando o óbito”.
OFÍCIO À POLÍCIA JUDICIÁRIA
O Promotor de Justiça da comarca, Marcus Vinicius dos Santos, tão logo teve acesso à informaão “expediu ofício requisitando que a delegada de plantão e a Polícia Científica iniciassem diligências para apurar as circunstâncias da morte da criança”. No documento do MP/SC foi orientando que se priorizasse a realização de exame cadavérico para determinar o horário e as causas do óbito, além de requisitar o prontuário médico da menina e a oitiva do médico, dos pais e de testemunhas, sobretudo dos bombeiros e das conselheiras tutelares que atenderam o caso.
O QUE DIZ A FAMÍLIA
O pai relatou que a criança passou mal na noite de quinta-feira (17/10) e foi levada ao hospital. O médico teria diagnosticado uma virose, aplicado soro, receitado medicamentos e liberado a paciente. Ela voltou a passar mal na madrugada de sábado (19/10), foi levada novamente ao hospital e o mesmo médico teria atestado a morte por volta das 3 horas da manhã. As informações contidas na declaração de óbito seriam divergentes das repassadas à família. O médico teria informado que a causa da morte seria asfixia por vômito, mas, na declaração de óbito, constava desidratação e infecção intestinal bacteriana.
PROVIDÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O Promotor de Justiça Marcus Vinicius dos Santos requisitou a apuração do caso à Delegacia de Polícia e acompanhará a investigação para verificar se, em algum momento, desde o primeiro atendimento médico, houve negligência em relação à vida da criança por qualquer um dos envolvidos. Aponta o Promotor de Justiça que:
“É precipitado, tirar qualquer conclusão sobre o caso antes da realização dos laudos, mesmo porque, apesar da presença de poucos batimentos cardíacos até o retorno da criança ao hospital, os bombeiros também constataram outros sinais compatíveis com a morte, como pupilas dilatadas e não reagentes e arroxeamento em algumas partes do corpo. A perspectiva é de que os laudos cadavérico e anatomopatológico fiquem prontos dentro de um mês. A investigação busca dar respostas à família, à população e também ao hospital, além de verificar a regularidade dos procedimentos”.
Correia Pinto, a quarta maior cidade da Serra Catarinense, onde ocorreu a situação que está sendo apurada. A prefeitura no municipio emitou nota sobre o episódio no sentido de buscar esclarecer o ocorrido.
Com informações do Ministério Público/SC