Geral

Dados reais sobre o funcionalismo

SERVIDORES QUE GANHAM MENOS TÊM RAZÃO DE BUSCAR REAJUSTE DE 12%. MAS OS DADOS EVIDENCIAM A DIFICULDADE DO PAÇO

Se alguém levantar a voz contra a demanda dos servidores associados ao SindServ na busca dos 12% de reajuste está sendo injusto. É um funcionalismo com o salário mais achatado da prefeitura que, apesar de um ou outro benefício conquistado por tempo de serviço, tem remuneração baixa. Entretanto, a estratégia do Sindicato em tentar colocar a prefeita em início de mandato num fundo de guampa, parece precipitada se forem buscados os dados reais da folha do funcionalismo.

ENTENDAMOS QUE…

O post e os dados não são para convencer o servidor disto ou daquilo, visto que o direito a reivindicar é legítimo. Porém, a correção dessa verdadeira injustiça que é o salário baixo a uma camada do funcionalismo de Lages, deveria ter sido uma luta constante do SindServ ao longo dos últimos anos. Algo que o gráfico abaixo aponta que o sindicato foi conivente com o ignorar da gestão anterior ao assunto.

Esse é o histórico dos últimos cinco anos anteriores ao que foi concedido em 2025. Entre 2022 e 2024 a prefeitura concedeu apenas o INPC porque é obrigatório, não opcional. E em dois anos a reposição aconteceu apenas na metade do ano. Em 2021 o INPC foi concedido de forma parcelada e o último ganho real nos percentuais daquele ano ocorreu em 2020. Onde estava o SindServ nesse período que não buscou aquilo que seria o mais correto, que está se buscando agora que é o piso mínimo? Houve algum estado de greve no segundo mandato de Ceron?

A PREFEITURA E OS 12%

Existe o princípio da isonomia onde o poder público precisa atender de forma uniforme todo o funcionalismo. Para conceder 12% solicitado pelo SindServ, precisaria estender o percentual aos demais servidores. E os dados abaixo apontam a realidade do impacto na folha:

Os dados se referem ao impacto ao longo do ano com os 6,27%. O complemento na base é o incentivo aos professores não estáveis e ACTs como forma de segurá-los na rede municipal, além de valorizar aqueles que não são do quadro de servidores ativos.

QUESTÃO DO VALE ALIMENTAÇÃO

A tabela é progressiva para que o benefício seja maior aos que ganham menos. A reivindicação daqueles que ganham menos é de R$ 650,00 mensais. O valor ficou em R$ 572,00.

MAIOR EVOLUÇÃO DA NEGOCIAÇÃO

De todo o contexto, a parte mais interessante ao funcionalismo que ganha menos, é a constituição de uma comissão para avaliar o impacto da fixação de um piso mínimo. Algo que já deveria ter ocorrido no passado, mas faltou insistência do SindServ (ou se insistiu e não houve resultado). Em até 90 dias, a comissão, que tem dois integrantes do sindicato, irá apresentar dados sobre a hipótese de se criar o referido piso mínimo. A categoria pede piso mínimo de R$ 1.730,00.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *