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O que se encontrará na Semasa?

DADOS OFICIAIS INDICAM AVANÇOS NA ATIVIDADE FIM DA AUTARQUIA CRIADA PARA GERIR O SISTEMA EM LAGES

Centro dos dois maiores escândalos públicos da história de Lages – com prisão temporárias dos dois últimos prefeitos – haveria uma narrativa de que o melhor caminho seria a gestão pública ‘se livrar dessa encrenca’ e devolver o sistema à Casan. Entretanto, antecipar uma ‘entrega’ da Semasa, sem que seja pelo regramento do Marco Regulatório do Saneamento seria como ‘matar a vaca para acabar com o carrapato’.

DADOS SÃO POSITIVOS

Se de um lado tem a colocação de Lages em um noticiário negativo, a própria gestão atual aponta dados sobre o quanto se evoluiu, a partir da atuação da Semasa. No caso, esses dados tornados público, referem-se aos oito anos da atual administração:

NOVA ETA – O problema do abastecimento (dando fim à falta frequente de água) se resolveu com a ampliação da ETA (Estação de Tratamento de Água) do bairro Popular. A cidade saiu de uma produção de água potável de 600 litros por segundos para 900 litros por segundo. É um quantitativo de água suficiente para abastecer uma cidade como Florianópolis (com meio milhão de habitantes).

NOVAS REDES – Lages possuía até 2017 um total de 820.185 metros de rede. Sim, a cidade tem uma rede de água superior a distância entre Lages e São Paulo. E essa foi ampliada em mais 34.000 metros. Ou seja, implementou-se rede numa distância como de Lages a Bocaina do Sul. Também houve a substituição de redes em 25 ruas e avenidas.

ESGOTO – Também nesse período houve um incremento no número de ligações às redes de coleta de esgoto na cidade. Eram 10.628 ligações em 2017. Atualmente são 16.264 ligações. Por sinal, considerando as redes na área urbana, um número que precisa aumentar.

Está aqui no bairro Popular a nova ETA que aumentou em 50% a oferta de água tratada, permitindo que o volume atenda uma cidade três vezes maior que Lages

OU SEJA

A futura gestão não precisa inventar na Semasa. Se mantê-la longe do noticiário negativo e continuar com a mesma linha de investimentos, agregando mais ligações às redes de esgoto, inclusive, além de aprimorar a coleta de lixo, que enfrentou a maior crise de sua existência, está de bom tamanho.

O FUTURO DA SEMASA

Há uma narrativa nos bastidores no sentido de serem apontados, a partir da posse de Jair Júnior como o Rei D’água em Lages (gestor da Semasa), dados e informações que tornassem a ‘devolução do sistema’ à Casan como uma boa alternativa.

BOBAGEM!

De fato é bobagem uma cogitação nesse sentido. Isso porque, nem a Casan está garantida com o Marco Regulatório do Saneamento que pode ‘entregar o sistema’ à iniciativa privada. A Casan mesmo pode assumir uma ou mais fatia do saneamento e abastecimento no Estado, mas disputará o mercado em igualdade de condições com empresas, conforme prevê a legislação sobre o tema.

Lembram do mapa que está sendo considerado para fatiar o mercado do abastecimento e saneamento de SC? Tem projeto tramitando na Alesc nesse sentido.

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