NOTA OFICIAL DETALHA QUE FORAM PRESTADAS INFORMAÇÕES AO GAECO E SERÁ FEITA INVESTIGAÇÃO INTERNA
A decisão tomada pela Prefeitura de Lages no âmbito da Operação Coliseu difere do encaminhamento dado na investigação sobre supostas irregularidades na Diretran. Naquela, desencadeada no primeiro semestre, o prefeito Ceron optou por exonerar os dois agentes públicos suspeitos de atos em desacordo com a lei. Tal operação, inclusive, teve desdobramento neste mês com mandado de busca e apreensão em escritório de uma empresa pertencente a um consultor de multas de trânsito.
NO ATO DE AGORA…
A Nota Oficial exteriorizada pela área de comunicação da Prefeitura de Lages cumpre a ritualística prevista para o ato que se constitui a prestação de todas as informações solicitadas pelos agentes do Gaeco. “Disponibilizando todos os equipamentos e documentos solicitados”. A nota informa ainda que:
“Visando manter a transparência e a cooperação com as autoridades competentes (…), o prefeito determinou a instauração de uma sindicância para investigar os acontecimentos relacionados a essa operação”.
SEM EXONERAÇÃO
Talvez e provavelmente porque a investigação não apontou nenhum mentor intelectual daquilo que está sendo investigado e ainda pelo fato de não ter sido exteriorizado nada de informação (porque o procedimento corre em segredo de justiça), não houve nenhuma medida de afastamento cautelar pelo gestor público, que seria a exoneração de pessoas.
Os agentes do Gaeco, além de residências de suspeitos, estiveram no prédio da Fundação Cultural coletando aparelhos e documentos visando instruir a investigação em curso
O QUE PODE PEGAR NA OPERAÇÃO COLISEU?
A Fundação Cultural realiza contratação de artistas para eventos como o Recanto do Pinhão. É preciso interpretar – e a investigação fará isso – se existe poder discricionário de escolha pelos agentes públicos de artistas ou se deveria haver algum critério que permitisse a todos os interessados participar do processo de definição. Também pode ser que exista esses critérios e somente a investigação do Gaeco (e a sindicância) irão apurar isso. O mais tenebroso da questão é a informação oficial do Gaeco de que pode ter ocorrido cobrança de vantagens para determinados artistas se apresentarem, prejudicando outros.
ATUALIZANDO O ASSUNTO
Ainda no final da tarde da terça-feira, 22, o Superintendente da Fundação Cultural, Gilberto Ronconi (no registro de arquivo à direita e ao microfone), pediu exoneração da função.